Catapora pode ser fatal? Morte de brasileiro acende alerta

Saúde
18 de Maio, 2023
Catapora pode ser fatal? Morte de brasileiro acende alerta

A catapora é uma doença mais comum entre jovens e crianças. No entanto, adultos também podem contrair a doença de forma mais intensa, como foi o caso do brasileiro Raphael Casanova, de 38 anos, que faleceu devido a complicações da catapora. Afinal, a catapora pode ser fatal? Entenda.

Leia mais:Catapora em crianças: o que é, sintomas e tratamento 

Catapora pode ser fatal? Entenda o caso

O personal trainer Raphael Casanova morava no Chile e recebeu o diagnóstico com catapora em dezembro do ano passado. O profissional levava uma vida saudável até contrair a doença na forma mais grave. Um exame feito recentemente constatou que o vírus continuou agindo dentro do corpo de Raphael e afetou alguns órgãos, como rim, além de duas lesões no cérebro.

Sintomas da catapora

Hoje, cerca de 90% das pessoas têm catapora ainda na infância, entre 2 e 8 anos. Em adultos, a doença costuma apresentar sintomas mais intensos, principalmente naqueles que não se vacinaram nos primeiros anos de vida. Nesse caso, a doença pode causar bolhas no corpo, além de febre alta, dor de ouvido e dor de garganta.

Para o Alex Araújo, CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional, a vacinação é uma aliada da saúde infantil. Assim, seu principal desfecho é evitar a mortalidade e assegurar a qualidade de vida. “A vacinação é essencial para manter a criança saudável, pois ajuda a prevenir muitas doenças que podem prejudicar o desenvolvimento da criança, protegendo contra vírus e bactérias”, diz.

Vacina contra catapora

O Brasil está entre os 10 países com maior número de jovens com atraso na vacinação. Vale lembrar que a aplicação da vacina contra varicela acontece em duas doses a partir dos 12 meses de idade. Pode, ainda, ser aplicada em bebês de 9 meses sob orientação médica, mas a dose deve ser reaplicada quando a criança atingir os 12 meses.

Catapora pode ser fatal: dados sobre a doença

Em dezembro de 2022, a Prefeitura de São Paulo registrou 56 surtos de varicela, doença conhecida como catapora. Nesse período, 213 pessoas se infectaram com a doença, um aumento de 65% em comparação com o ano anterior. De acordo com o Sistema de Vigilância Epidemiológica (SVE), a catapora costuma se manifestar com maior frequência em crianças no fim do inverno.

Em 2010, antes da vacina contra catapora ser parte do calendário de imunização do SUS, foram registrados 1.082 surtos, com 12.380 infectados notificados. Durante a pandemia da Covid-19, o movimento antivacina ganhou força.

Dados da Organização Mundial da Saúde de julho de 2022 mostraram que, em todo o mundo, houve uma das maiores quedas nas taxas de imunização dos últimos 30 anos. Dessa forma, estima-se que, na época, 25 milhões de crianças estavam com atraso na carteirinha de vacinação.

No Brasil, em apenas três anos, a taxa de vacinação infantil caiu de 93,1% em 2019 para 71,49% em 2021, segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). Ou seja, três em cada dez crianças não receberam a proteção necessária contra doenças potencialmente fatais e preveníveis.

Como diagnosticar?

A catapora é uma doença difícil de rastrear. Apenas os surtos são notificados ao Ministério Da Saúde, ou seja, casos tratados em casa não entram na conta. Segundo a estimativa da organização, em média ocorrem 3 milhões de infectados pela doença durante um ano.

As complicações mais sérias ocorrem quando o vírus migra para órgãos estratégicos como os pulmões e o cérebro. A pneumonia, por exemplo, ocorre em decorrência de que ou a catapora venceu a resistência e invadiu o pulmão ou, como o corpo está mais suscetível, bactérias conseguem desencadear a infecção.

A catapora pode ser facilmente transmitida, seja por meio de tosse, espirro e até mesmo objetos contaminados, ou seja, contágio direto e indireto.

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