Catapora em crianças: o que é, sintomas e tratamento 

Saúde
05 de Janeiro, 2023
Catapora em crianças: o que é, sintomas e tratamento 

Inúmeras manchinhas que coçam muito a ponto de criar bolhas e um incômodo gigantesco. Essa é a principal característica da catapora em crianças. A doença, altamente contagiosa, é fã das crianças e, apesar do tormento causado durante a manifestação das lesões, uma vez solucionada, o organismo cria resistência à doença. Ou seja, uma pessoa só pode ter catapora uma vez na vida. Continue lendo para entender mais sobre a catapora. 

Leia também: Vacina da catapora (varicela): quando tomar e efeitos colaterais

Afinal, o que é catapora? 

Geralmente, todos nós já ouvimos falar pelo menos uma vez na vida sobre catapora. Isso acontece porque a doença tende a marcar a fase da infância e dificilmente temos contato com ela novamente. Assim, a catapora, também conhecida como varicela, é uma doença infecciosa muito contagiosa que tem maior incidência entre o fim do inverno e o começo da primavera.

De acordo com a Dra. Fernanda Fragoso, pediatra do Grupo Prontobaby, a doença é causada pelo vírus varicela zoster (VVZ), um RNA pertencente à família Herpesviridae.

“A transmissão se dá pessoa a pessoa, por meio de contato direto ou de secreções respiratórias (disseminação aérea de partículas virais/aerossóis) e, raramente, através de contato com lesões de pele. Indiretamente, a doença é transmitida por meio de objetos contaminados com secreções de vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados”, afirma a pediatra.

Assim, segundo o Ministério da Saúde, uma vez adquirido o vírus Varicela, a pessoa fica imune à catapora. No entanto, esse vírus permanece em nosso corpo a vida toda e pode ser reativado, causando o Herpes-Zoster.

Leia também: Herpes zoster: saiba mais sobre a infecção e como se proteger

Sintomas da catapora: 

  • Manchas vermelhas e bolhas pelo corpo; 
  • Febre;
  • Coceira; 
  • Cansaço;
  • Perda de apetite;
  • Dor de cabeça. 

Principais riscos da catapora em crianças

De acordo com o Ministério da Saúde, as principais complicações da catapora, nos casos severos ou tratados inadequadamente, são: encefalite; pneumonia; infecções na pele e ouvido. No entanto, a maioria dos casos engloba os sintomas citados acima que, apesar de serem incômodos, são provisórios e tendem a se resolver entre 7 e 10 dias

De acordo com a Dra. Fernanda, os primeiros sinais como cansaço, dor de cabeça, dor de barriga, falta de apetite, febre e mal-estar aparecem, normalmente, entre 1 e 2 dias antes das manchas vermelhas surgirem pelo corpo.

“Logo depois, começam a surgir pintas vermelhas que se transformam em pequenas bolhas (vesículas), geralmente, localizadas na cabeça. Em seguida, elas evoluem para o corpo todo, causando coceira. Na fase de cicatrização, essas bolhas vão se transformando em crostas”, reforça a pediatra.

No entanto, a Dra. reforça ainda que as crianças com essa doença só devem voltar para a escola depois de todas as lesões terem evoluído para crosta – uma espécie de “casquinha” que surge durante a fase de cicatrização da doença. 

“Se aparecerem dores, inchaço nas feridas da pele, falta de ar e febre persistente, é preciso procurar um atendimento médico urgente”, adverte a médica. 

Tratamento 

Em geral, no tratamento da catapora analgésicos e antitérmicos são utilizados para aliviar a dor de cabeça e baixar a febre, e anti-histamínicos (antialérgicos) para aliviar a coceira. No entanto, em casos mais graves, o médico pode ainda sugerir um tratamento com antiviral. 

“Os cuidados de higiene são muito importantes e devem ser feitos apenas com água e sabão. Já para diminuir a coceira, o ideal é fazer compressas de água fria”, reforça a pediatra.

E atenção, não se deve coçar as vesículas ou retirar as crostas. A pediatra ressalta que, para evitar que isso aconteça, basta aparar as unhas da crianças.

Como prevenir a catapora em crianças?

Nesse sentido, as vacinas cumprem bem o papel de imunização e podem evitar o sofrimento dos pequenos. De acordo com a Dra. Fernanda, os imunizantes recomendados são Vacina Varicela e Tetravalente Viral, que além da varicela, protege contra o Sarampo, Rubéola e Caxumba).  

Por fim, para evitar a contaminação, outra recomendação da pediatra é ter o hábito de lavar as mãos após tocar nas lesões de pessoas infectadas – como bolhas ou feridas causadas pela varicela – e desinfetar os objetos como vestimentas e roupas de cama que possam estar contaminados com secreções de pacientes com varicela.

Fonte: Dra. Fernanda Fragoso, pediatra do Grupo Prontobaby.

Referência: Ministério da Saúde. 

Sobre o autor

Tayna Farias
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em gravidez e maternidade

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