Câncer de intestino: cantora Simony descobre doença aos 46 anos
Embora Simony tenha se preparado para realizar um exame para acompanhar um gânglio aumentado na virilha, a situação acabou tornando-se o meio para a cantora descobrir um câncer de intestino, a tempo de realizar o tratamento adequado. Ela divulgou a notícia ao público por meio do Instagram, onde aproveitou para alertar sobre a importância da realização da colonoscopia a partir dos 45 anos. A subcategoria do câncer da artista é o chamado carcinoma epidermoide, localizado na parte final do intestino, próximo ao ânus.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada ano, 41.010 novos casos de câncer de intestino surgem no Brasil. Esse valor corresponde a um risco estimado de cerca de 20 casos a cada 100 mil pessoas.
Atualmente, esse é o segundo tipo de câncer mais comum nas mulheres e o terceiro mais frequente nos homens. Apesar de ser conhecido como nosso “segundo cérebro”, muita gente ainda desconhece a importância do intestino para o funcionamento do nosso corpo.
Para a médica oncologista Danielle Laperche, é essencial saber que nosso organismo, e em especial o intestino, é vulnerável ao que ingerimos. O que torna, então, a atenção à alimentação um fator crucial de prevenção.
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Quais são as causas do câncer de intestino?
Um estudo estadunidense publicado no periódico JNCI Cancer Spectrum mostrou que fatores não genéticos estão associados a um aumento do risco de câncer colorretal em pessoas com menos de 50 anos. O abuso da carne vermelha, o baixo consumo de fibras e o uso excessivo do álcool, por exemplo, são alguns deles.
“Um estudo recente aponta, inclusive, que em pacientes com câncer colorretal já tratado, a ingestão de nozes teve um fator protetor muito grande para evitar recidivas e a formação de novos pólipos. A via digestiva é parte de nosso organismo, e está diretamente exposta ao que comemos. Quanto mais as pessoas conhecerem sobre a doença, mais vão buscar tratamento em casos iniciais”, ressalta a oncologista.
Diagnóstico do câncer de intestino
Segundo as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2021 serão contabilizados mais de 41 mil novos casos desse tipo de tumor, que tem alta taxa de mortalidade (em torno de 48%), mas pode ser prevenido com mudanças de hábitos e exames de rastreio. Como a colonoscopia, que deve ser feita por pessoas com mais de 50 anos. Em casos com histórico familiar da doença, por outro lado, o ideal é buscar uma avaliação o quanto antes para definir o melhor momento para iniciar o rastreamento e fazer o diagnóstico precoce.
Sintomas do câncer de intestino
- Perda de peso;
- Anemia sem causa aparente;
- Alteração do hábito intestinal;
- Sangramento nas fezes;
- Massas abdominais e inchaço na região.
Como prevenir
Apesar de não ser possível mudar os fatores genéticos que tornam as pessoas propensas ao câncer colorretal, os riscos podem ser reduzidos com medidas simples, como prevenir a obesidade.
“A obesidade é um fator de risco muito importante. O mesmo vale para dietas pobres em fibras, com poucos vegetais, legumes, frutas e ingestão excessiva de carne vermelha (consumo acima de 500g por semana). A alimentação tem um papel fundamental não só na prevenção, mas no tratamento. Infelizmente, quando o câncer é detectado por meio dos sintomas, na maioria das vezes já evoluiu para uma fase avançada e só pode ser tratado com a cirurgia (ressecção do intestino) e/ou quimioterapia. Mas vale ficar alerta aos sinais e procurar um médico”, explica Laperche.
Dessa forma, a melhor maneira de prevenir o câncer de intestino é com bons hábitos de saúde. Algumas orientações da especialista:
- Pratique atividades físicas regularmente;
- Não fume ou reduza a quantidade de cigarros por dia;
- Evite o consumo de bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, carne vermelha e embutidos;
- Além disso, ingira diariamente fibras (25 a 30g), frutas e verduras (2 a 5 xícaras);
- Tenha uma dieta rica em vegetais, principalmente hortaliças brássicas (brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas e repolho), que ajudam no desempenho intestinal e evitam inflamações.
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