Boca seca (xerostomia): o que pode ser e como tratar?
A xerostomia – popularmente conhecida como boca seca – caracteriza-se pela falta de salivação na boca. A saliva tem diversas funções, tais como limpeza da boca, prevenção de cáries e mau hálito, além de ajudar na digestão e irrigar a mucosa bucal, facilitando a fala. Dessa forma, ter a boca seca pode prejudicar tais fatores, além de favorcer o surgimento de doenças sistêmicas e locais.
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Causas da boca seca
As causas podem ser várias, entre elas o baixo consumo de água, estresse, uso de medicamentos como antidepressivos, anti-hipertensivos, além do uso excessivo de álcool e cigarro. Disfunção das glândulas salivares, síndrome seca ou síndrome de Sjogren, radioterapia e quimioterapia também então entre as causas mais comuns.
Sintomas da boca seca
Geralmente, a boca seca tem como principais sintomas, além da própria falta de umidade na boca, as cáries, mucosites, aftas e sangramento gengival. No entanto, sinais como uma simples prisão de ventre, até lesões na mucosa dificuldade na fala, também podem indicar que é hora de procurar um médico para descobrir se o problema é boca seca.
Dessa forma, o ideal é procurar um dentista capacitado em alterações salivares. Isso porque ele saberá conduzir o exame de sialometria, que avalia a quantidade e qualidade da saliva.
Tratamento e prevenção
Existem várias formas de tratar a boca seca. O uso de medicamentos que estimulam a salivação, aplicação de lasers nas glândulas salivares, eletroestimulação, acupuntura e o aumento da ingestão de água são alguns exemplos. Dessa forma, a dica é ingerir sempre muita água, afinal, 90% da saliva é composta por água.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a quantidade ideal de água é calculada desta forma: primeiro, multiplique o seu peso corporal por 35 ml de água. Uma pessoa com 70 kilos (70×35), por exemplo, deverá beber 2,450 litros de água por dia. Boa parte dessa água será eliminada na urina. Por isso, o ideal é beber a quantidade de água definida pelo nosso peso em longos goles durante o dia, prevenindo, assim, a xerostomia e também outros problemas de saúde.
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Fonte: Dr. Marcos Moura, dentista de Maceió (AL). Endodontista pela UNESP/Araraquara e membro da Associação Brasileira de Halitose (ABHA)