Atividade física na adolescência reduz colesterol na idade adulta
A atividade física praticada na adolescência, tanto leve quanto moderada, está associada a níveis mais baixos de colesterol em adultos jovens, sugere um novo estudo feito por pesquisadores das universidades de Exeter e Bristol, na Inglaterra, e Eastern Finland, na Finlândia. Saiba mais a seguir!
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Atividade física na adolescência: detalhes do estudo
Para a pesquisa, foram selecionados 792 participantes do Avon Longitudinal Study of Parents and Children, uma base de dados que acompanha crianças nascidas nos anos 1990 na cidade de Avon, na Inglaterra. O monitoramento durou 13 anos. Assim, o objetivo dos autores era observar o impacto da atividade física e do sedentarismo nos níveis de colesterol ao longo do tempo.
Os voluntários de 11 a 24 anos, com exames em quatro momentos: logo no início, aos 15 anos, aos 17 e ao final do estudo. Em cada ocasião, os jovens usaram um dispositivo na cintura, que mede a intensidade da atividade física, por sete dias. Os exames também mostraram os índices de colesterol e triglicérides, a pressão arterial e a composição corporal.
Sedentarismo na adolescência
O estudo mostrou que o sedentarismo a partir dos 11 anos estava associado a níveis de colesterol 67% mais altos aos 24 anos. A atividade física, mesmo a leve – inclui longas caminhadas, andar de bicicleta, dançar – pode ajudar a reduzir as taxas de LDL (conhecido como colesterol “ruim”). No entanto, esse efeito não foi observado em jovens com sobrepeso ou obesidade.
“Um estilo de vida ativo está associado a baixos níveis de colesterol, mas os dados que mostram a relação da atividade física leve com índices lipídicos em crianças e adolescentes são escassos”, diz a cardiologista Fabiana Rached, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Além disso, um estilo de vida sedentário pode diminuir o nível do chamado colesterol bom, o HDL, que ajuda a remover o colesterol ruim e os triglicérides (gorduras) das artérias. “O sedentarismo [também] está associado a uma alimentação não saudável, ao sobrepeso e à obesidade, o que aumenta os níveis de LDL e triglicérides”, completa a especialista.
“Costumamos focar principalmente em atividade física moderada a intensa. Porém, precisamos promover todo tipo de atividade física reduzindo ao máximo o tempo ‘sedentário’. Assim, isso nos ajudaria a atenuar o risco de níveis lipídicos elevados e suas sequelas na população pediátrica”, avalia Rached.
Para os autores, a atividade física leve – como caminhar ou pedalar -, promove a saúde cardiovascular a longo prazo. Além disso, não é necessário ter habilidades específicas, o que torna a atividade mais fácil de ser incluída na rotina.
Fonte: Agência Einstein