Água com gás para crianças: pode ou não?

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06 de Setembro, 2022
Água com gás para crianças: pode ou não?

No universo infantil, diferentes assuntos ainda não são consenso entre os especialistas, pois ainda não possuem uma diretriz de orientação bem estabelecida. É o que acontece, por exemplo, sobre a dúvida que ronda a água com gás para crianças: pode ou não?

De acordo com a pediatra Simoni Dell’Antônio, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, não existe uma contraindicação em relação ao consumo da bebida pelos menores. No entanto, segundo Ludmila Pedrosa, endocrinologista pediatra pela SBP, isso não significa que se deve incentivar sua ingestão.

Para a especialista, não é aconselhável oferecer água com gás principalmente para crianças menores de dois anos. “Isso porque ela pode favorecer o aparecimento ou agravamento de condições como gases e refluxo”, defende a endocrinologista pediatra.

Além do sistema digestório imaturo e consequentemente mais suscetível ao surgimento de problemas gastrointestinais, Dra. Simoni lembra que o paladar infantil está se desenvolvendo até o segundo o ano de vida do pequeno. “Logo, idealmente, faríamos a oferta da água com gás depois desse período”, reforça a pediatra.

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Ofecerer água com gás para crianças pode ser a porta de entrada para o refrigerante?

Um dos prejuízos em relação ao consumo precoce da água com gás pelo público infantil é a possibilidade da bebida ser a porta de entrada para o refrigerante.

“Muitas crianças, quando tomam refrigerante pela primeira vez, se incomodam com a sensação do gás na boca e podem relatar que faz cócegas ou “pinica” a língua. Portanto, se o pequeno já está acostumado com a sensação, gostar da bebida torna-se algo muito mais fácil”, explica Dra. Ludmila.

Ao mesmo tempo, existe a outra face da situação. Embora a orientação seja de que o refrigerante não seja ofertado até pelo menos o segundo ano de vida do pequeno, famílias brasileiras têm o hábito de consumi-lo. Diante desse cenário, a água com gás pode entrar como uma aliada na mudança de hábito.

“Estratégias como, por exemplo, fazer um suco natural e misturar com a água com gás podem ajudar a retirar gradativamente o refrigerante da rotina”, detalha a endocrinologista pediatra. Dessa forma, a tendência é que a família estabeleça um novo paladar.

Vale apenas lembrar que, de acordo com autoridades de saúde como a Academia Americana de Pediatria, crianças não devem beber sucos até o primeiro ano de vida. Inclusive, depois desse período, deve-se ter cuidado para que ele não seja consumido em excesso pelos menores.

Fontes:

  • Dra. Simoni Dell’Antônio, pediatra da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo;
  • Dra. Ludmila Pedrosa, endocrinologista pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

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