Açúcar invertido: O que é e para que serve?
Quem já leu o rótulo de um alimento e notou o termo açúcar invertido pode ter ficado curioso sobre o ingrediente. Ele é um adoçante usado em várias guloseimas e bebidas, graças à sua capacidade de reter a umidade e manter uma textura suave.
Embora o açúcar invertido possa ter um nome mais chamativo, nutricionalmente é o mesmo que o açúcar de mesa ou outros adoçantes adicionados. Na verdade, ele é derivado do açúcar de mesa, conhecido cientificamente como sacarose.
A sacarose é um dissacarídeo, composto de duas moléculas de açúcar individuais diferentes ligadas umas às outras – neste caso, glicose e frutose. Assim, o invertido é produzido quebrando as ligações entre a glicose e a frutose.
O nome açúcar invertido vem da maneira como a luz polarizada é refletida através do açúcar. Quando a luz polarizada brilha em sacarose, a luz é refletida em um determinado ângulo. Porém, quando brilha com açúcar invertido, a luz é girada na direção oposta.
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Onde o açúcar invertido é encontrado
Embora o açúcar invertido possa ser encontrado em muitos alimentos, ele geralmente é adicionado nos seguintes tipos de produtos:
- Sorvete
- Xaropes (para bebidas, café, etc.)
- Doces
- Assados
- Refrigerantes (e outras bebidas açucaradas)
- Bebidas de frutas que não são 100% de suco de frutas
- Cereal
- Iogurte
- Barras de granola
Outros nomes para o açúcar invertido
- Xarope de açúcar invertido
- Mel artificial
- Xarope comum
- Xarope de bordo invertido
Riscos do consumo excessivo de açúcar
Todos os açúcares, independentemente da forma como são rotulados, têm um efeito semelhante no organismo ao elevar os níveis de açúcar no sangue, causando a produção de insulina. O corpo libera insulina para transportar o açúcar do sangue para as células, para usá-lo como energia.
Geralmente, esse processo é bastante simples, mas quando se está consumindo quantidades excessivas de açúcar, as habilidades de armazenamento de gordura do corpo aumentam. Assim, o aumento na produção de insulina pode levar à resistência à substância, forçando o organismo a criar mais desse hormônio, que então armazena mais gordura corporal.
Com o tempo, a resistência à insulina e o subsequente ganho de peso da ingestão de mais açúcar do que o necessário pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, aumentar o risco de glaucoma, insuficiência renal e até mesmo se apresentar como um importante fator de risco para ataque do coração.
Dessa forma, o consumo excessivo de açúcar, especialmente refinados, pode levar a mudanças no metabolismo do corpo e inflamação, o que pode desencadear uma série de doenças crônicas, como colesterol, pressão alta, doença hepática gordurosa, síndrome metabólica e problemas cardíacos.
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