O que é a vacina BCG e para que ela serve?
A vacina BCG, sigla que abrevia o nome Bacilo de Calmette e Guérin, é uma das imunizações recomendadas ainda nas primeiras 12 horas de vida do bebê. Ela é responsável pela proteção contra a tuberculose, provocada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis.
Embora a vacina não seja 100% eficaz em evitar a tuberculose pulmonar, a sua aplicação em massa evita as formas mais graves da doença. Entre elas, cita-se principalmente a proteção contra a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar (forma disseminada).
“A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, nos países onde a tuberculose é frequente e a vacina integra o programa de vacinação infantil, previna-se mais de 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa. Impacto como este depende de alta cobertura vacinal, razão pela qual é tão importante que toda criança receba a vacina BCG”, detalha o Ministério da Saúde.
Ainda de acordo com o MS, além do público infantil, recomenda-se aplicar o imunizante em quem convive com portadores de hanseníase (lepra) bem como estrangeiros que estão se mudando para o Brasil e ainda não foram vacinados.
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Os efeitos colaterais do imunizante
O esquema vacinal da vacina BCG é de apenas uma dose. Deve-se aplicá-la de forma intradérmica, normalmente no braço direito. Assim, o seu principal efeito adverso é a reação local. “Ela começa com uma mancha vermelha elevada no local da aplicação. Depois, evolui para pequena úlcera, que produz secreção até que vai cicatrizando”, relata o documento da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Embora os pais tenham a preocupação do que fazer diante da ferida, não é recomendado passar nenhuma pomada ou tomar medicamentos para que ela cicatrize mais rápido. Portanto, é necessário esperar o seu processo natural!
Em entrevista anterior à Vitat, o pediatra Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP, explicou que esta pega da BCG acomete 95% do público imunizado. No entanto, aqueles que não a desenvolverem não precisam se preocupar.
Desde fevereiro de 2019, o MS não recomenda mais a revacinação destes 5%. “Isso porque não há relação entre não ter a cicatriz e a vacina não ter pego ou não”, esclarece Kfouri.
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Não se deve aplicar a vacina BCG caso…
Ainda de acordo com as orientações da SBIm, a aplicação da vacina BCG não deve acontecer em três circunstâncias:
- Se a mãe tiver tomado algum remédio, durante a gestação, que possa ter causado imunodepressão do feto;
- Caso o bebê seja prematuro, com menos de dois quilos;
- Se a pessoa for imunodeprimida.
Referências: