Zinco na gravidez: Entenda a importância do mineral
A concentração de zinco no leite materno dificilmente é afetada por uma baixa ingestão desse nutriente. Dessa forma, é garantido aos neonatos a termo e pré-termo, amamentados exclusivamente ao seio, a quantidade adequada de zinco na gravidez. Assim, a gestação é uma das fases mais importantes para a mãe e o bebê. Ou seja, o corpo da mãe passa por diversas transformações e alguns micronutrientes são vitais para esse processo, entre eles o zinco, um mineral presente em vários alimentos.
Mas, mesmo com sua ampla oferta, ainda é comum que gestantes vivenciem a deficiência desse nutriente por algumas razões, entre elas a dificuldade em absorver o mineral e a falta de uma alimentação equilibrada. Por isso, futura mamãe, fique de olho na sua saúde e no que está colocando no prato. Dessa maneira, a carência de zinco no período gestacional está relacionada com aborto espontâneo, retardo do crescimento intra-uterino, nascimento pré-termo, pré-eclampsia, anormalidades congênitas, como retardo neural e prejuízo imunológico fetal.
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O papel do zinco na gravidez
O zinco é um micronutriente essencial para reprodução, diferenciação celular, crescimento, desenvolvimento, reparação tecidual e imunidade. Além disso, ele participa do metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas. Outro motivo para uma dieta rica em zinco: o mineral participa do desenvolvimento cerebral e contribui para o processo de aprendizagem depois do nascimento do bebê, em toda a sua fase de crescimento.
Para a mãe, o zinco beneficia o sistema imunológico e o equilíbrio hídrico, dois pilares sensíveis durante a gravidez. Assim, depois do parto, a mãe enfrentará uma nova maratona de alterações hormonais que afetam o humor e as emoções. Além disso, a depressão pós-parto é muito comum nesse período, e manter os níveis de zinco pode ajudar a controlar o problema. Pois, o mineral auxilia na síntese de neurotransmissores.
Suplementação e alimentos ricos em zinco
Embora o zinco esteja abundantemente difundido nos alimentos, alguns fatores interferem na sua biodisponibilidade. Tabagismo, abuso do álcool e estresse causado por infecção ou trauma podem diminuir a concentração plasmática materna de zinco, reduzindo sua disponibilidade para o feto. Assim, gestantes nessas condições devem receber uma suplementação de zinco para minimizar o risco de complicações associadas à sua deficiência, como a mortalidade neonatal por doenças infecciosas.
As principais fontes de zinco são carnes bovinas, peixes, aves, leite, queijos, frutos do mar, cereais de grãos integrais, gérmen de trigo, feijões, nozes, amêndoas, castanhas e semente de abóbora.
Quantidade recomendada de zinco durante a gravidez
O ideal é consumir 11 mg ao dia, por meio da alimentação diversificada. Se o médico achar necessária a suplementação, também é uma estratégia válida para atingir a recomendação diária.
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Fonte: Patrícia Thomé Martins, nutricionista da Care Club unidade Ipanema (RJ); graduada pela USU em 1988 (Universidade Santa Úrsula); especialista em Fitoterapia e nutrição clínica; mestre em ciências cardiovasculares pelo Instituto Nacional de Cardiologia. CRN-4 89100261