Jovem é internado com pulmões de idoso por vício em vaper

Os vapers, ou PODs, são uma verdadeira febre entre os mais jovens. Contudo, desde o lançamento desses objetos, especialistas vêm alertando sobre o risco que eles podem trazer para a saúde do pulmão. Recentemente, um jovem estadunidense de 19 anos lançou uma campanha para conscientizar outras pessoas: por conta do vício no cigarro eletrônico, ele desenvolveu sérios danos no órgão.

De acordo com os médicos que atenderam Draven Hatfield, ele foi diagnosticado com a capacidade pulmonar de um idoso que fumou pelo menos três maços de cigarro por dia durante 30 anos.

O adolescente, em uma entrevista ao portal Daily Mail, contou que começou a fumar aos 13 anos escondido dos pais e somente nos fins de semana — tudo para acompanhar os amigos que também aderiram ao hábito. Contudo, não demorou muito tempo para conhecer o cigarro eletrônico, ficar viciado e passar a usá-lo todos os dias. Isso chegou a impedi-lo de seguir com seu sonho de ser músico e cantor.

Dos 17 aos 19 anos, Draven Hatfield foi internado três vezes para tratar colapsos pulmonares que o impediram de respirar. Em 2022, sua última hospitalização, chegou a precisar de ventilação aritficial para sobreviver, além de uma cirurgia de emergência para a retirada de bolhas de ar que estavam presas em seus pulmões.

Hoje, depois de um tratamento com adesivos de nicotina, o jovem não fuma mais.

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Quais as possíveis consequências do vício em cigarro eletrônico?

De acordo com a Resolução nº 46, de 28 de agosto de 2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é proibida a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, entre eles o cigarro eletrônico. Mesmo assim, a utilização desses aparelhos é grande no país.

Diferentemente do cigarro, os malefícios do cigarro eletrônico afetam os usuários de forma mais rápida, podendo ser notados com poucos dias de uso do aparelho.

As consequências mais comuns entre os indivíduos que fumam cigarro eletrônico são o desconforto respiratório e a piora da qualidade da respiração. Esses prejuízos tendem a piorar conforme o tempo de uso aumenta.

Além disso, também há o risco de desenvolvimento da Evali, um tipo de lesão pulmonar. A condição foi preocupante em 2019, quando se espalhou por jovens estadunidenses. Entre os sintomas estão tosse, dor abdominal, falta de ar, fadiga, febre e calafrio. Em casos mais severos, a Evali chegou a causar a morte de adolescentes.