Varíola dos macacos e animais: quais pets evitar em casos de infecção?
A varíola dos macacos, uma zoonose típica das regiões Ocidental e Central da África, continua chamando a atenção de órgãos de saúde do mundo todo. Afinal, desde o início de maio, a enfermidade tem se espalhado em muitos países da Europa e em outros continentes de forma dispersa. Mas de todas as nações, o Reino Unido é a que concentra mais ocorrências da infecção — 106 confirmadas até agora. A fim de conter a disseminação, a UKHSA, ministério da saúde do país, emitiu uma recomendação sobre a varíola dos macacos e animais: que pessoas infectadas se isolem de seus pets. Principalmente roedores, que são mais vulneráveis à infecção e, assim, podem transmitir o vírus para outros animais de estimação.
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Logo, porquinhos da índia, hamsters e outras espécies de roedores devem ficar longe de pessoas contaminadas por 21 dias, caso a doença se confirme. O mesmo vale para cães, gatos e demais animais domésticos, embora ainda não exista suspeita de infecção causada por um. Apesar de ser uma recomendação local, é importante ficar de olho no avanço da varíola dos macacos, que soma mais 250 infectados em 20 países distintos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além dos confirmados, há 120 casos suspeitos, segundo a mesma atualização do órgão.
Varíola dos macacos e animais: qual a relação?
Por ser uma zoonose, ou seja, o vírus se espalha por meio do contato com algumas espécies de animais doentes, todo cuidado é necessário para prevenir o contágio. A princípio, a varíola dos macacos tem roedores, marsupiais e primatas como agentes de infecção. No entanto, o surto recente ganhou uma nova forma, porém em investigação, de transmissão: de humanos para humanos. Assim, basta ter interação próxima com pessoas infectadas, inclusive durante relações sexuais. Essa causa justificaria o aumento repentino da varíola dos macacos fora das zonas endêmicas. Além disso, pesquisadores portugueses detectaram mutações variadas em coletas de pessoas com a enfermidade, o que seria outra razão para a evolução da enfermidade.