Vacina em spray nasal para Covid-19 poderá ter versão brasileira
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Uma nova vacina em spray nasal contra o Covid-19 parece estar próxima de ganhar uma versão nacional. O Ministério da Saúde forneceu uma verba de R$ 30 milhões ao Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP para iniciar a produção do imunizante.
Com a fabricação, o Instituto poderá realizar os testes clínicos em voluntários e, assim, seguir para os próximos passos de aprovação pela Anvisa.
O projeto está em desenvolvimento desde o início da pandemia, com o médico Jorge Kalil à frente da pesquisa. Antes, a expectativa do pesquisador-chefe era oferecer a vacina em spray nasal para o Covid-19 no final de 2022.
No entanto, as etapas de aprovação da Anvisa, assim como o dinamismo do vírus, foram alguns fatores que atrasaram a previsão. A liberação para os estudos com seres humanos foi encaminhada para a agência no final de 2021.
Nesse momento, resta enviar os documentos de comprovação de que as vacinas estão em conformidade com as regras do órgão.
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Como funciona a vacina de spray nasal contra o Covid-19?
A novidade possui biomoléculas sintéticas de proteínas que compõem o Sars-CoV-2, vírus da Covid-19. Ou seja, é diferente dos imunizantes atuais, que utilizam a própria proteína S do coronavírus.
Com o lançamento de uma vacina que propõe conter o vírus logo na mucosa, o cenário é otimista para controlar a pandemia. Afinal, ao combater o vírus na mucosa nasal, evita-se a contaminação de uma pessoa para outra pelas vias respiratórias.
Além disso, a expectativa é criar um imunizante com o poder de agir contra todas as variantes. Por outro lado, ainda não há previsão de viabilizar a vacina para a população brasileira.
Em contrapartida, o teste em animais apresentou resultados animadores para a equipe da pesquisa.
“Testamos exaustivamente nossa proteína em modelos animais. Paralelamente, logo após o teste de mais de 50 formulações, definimos a melhor nanotecnologia que carregasse nosso antígeno pelos cílios, atravessasse a barreira de muco e se fixasse na mucosa nasal induzindo forte resposta imune celular e mucosa, local e sistêmica. Testamos essa formulação como indutora de defesa em camundongos ACE-2 e mostrou-se protetiva, confirmando a tese de conceito”, comentou Kalil em comunicado de dezembro de 2022.
Uso do spray em outros países
A China foi a primeira nação a aderir à vacina em formato de spray. Depois, foi a vez da Índia adotar o método. Desenvolvida pela farmacêutica Bharat Biotech em parceria com a Universidade St. Louis, de Washington, Estados Unidos, a vacina recebeu aval porque passou pelos estudos da fase 3 da vacina nasal, com cerca de 3.100 pessoas de 14 locais da Índia.
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