Vacina da catapora (varicela): quando tomar e efeitos colaterais
A catapora é uma doença que ocorre com mais frequência no fim do inverno. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, quando um paciente não está protegido com a vacina contra a doença, ele pode ter problemas graves de saúde. Os sintomas incluem, por exemplo, mal estar, cansaço, dor de cabeça, dores musculares e febre. Saiba agora todos os detalhes sobre a vacina da catapora e a importância em vacinar as crianças.
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Vacina da catapora: o que eu preciso saber?
A vacina contra a varicela serve como escudo contra a catapora, que é uma doença causada pelo vírus da varicela-zóster. Ela tem o poder de evitar a infecção ou reduzir os efeitos da infecção.
Esquema de aplicação da vacina da catapora
Os pais devem levar a criança para tomar duas doses da vacina a partir dos 12 meses de idade, mas, com orientação médica, é possível adiantar a aplciação a partir de nove meses de idade.
De acordo com a Dra. Vanessa Infante, infectologista do Hospital Santa Catarina, a vacina, por ser de vírus vivo atenuado, é contraindicada para pacientes imunossuprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, bem como aqueles que possuem HIV e doenças autoimunes.
Reações adversas da vacina da catapora
A infectologista explica que a criança pode sentir febre, rash (edema no local da injeção) e lesões de pele de varicela, geralmente próxima ao local de aplicação.
Fake news sobre a vacina da catapora
Assim como o imunizante contra o coronavírus, a vacina da catapora não traz riscos para a criança. Pelo contrário, é uma ótima proteção para que os seus filhos não sofram com a doença.
Principais informações sobre a catapora
Agora que você já sabe todos os detalhes em relação à vacina, vamos entender melhor as informações sobre a doença?
O que causa a catapora?
Trata-se de uma infecção causada pelo vírus Varicela-zóster, que pertence à mesma família do Herpes-vírus. Apesar da doença ser benigna na infância, é muito contagiosa, uma vez que a sua transmissão ocorre por meio do contato pele com pele e pela respiração.
Quais são os sinais da doença?
As lesões que aparecem da doença são denominadas como polimórficas, isto é, pode se manifestar em diversos estágios. A princípio, o paciente pode ter pequenas vesículas (como uma gota de orvalho). Já na segunda fase, elas se rompem, formando pústulas (feridas). Por fim, aparecem crostas, ou seja, as famosas casquinhas. Um mesmo indivíduo pode passar pelas três fases da doença, sendo que os principais sintomas são:
- Mal estar;
- Cansaço;
- Dor de cabeça;
- Dores musculares;
- Febre (por dois ou três dias).
Em seguida, as erupções são mais visíveis nos pacientes. Primeiro, você pode observá-las na face, depois no couro cabeludo, tronco e extremidades. Existem ainda outras regiões que também podem ser afetadas, como mucosas da boca, olhos, nariz, genitália e ânus, por exemplo.
Alguns indivíduos podem ter sintomas leves, mas outras pessoas podem lidar com lesões em todas as partes do corpo. Geralmente, entre três a cinco dias elas se transformam em crostas.
Qual é o tempo de contágio?
O paciente pode transmitir a doença entre um a dois dias antes de aparecer os primeiros sintomas ou até que todas as lesões sejam transformadas em crostas secas, o que ocorre entre seis a oito dias. A catapora praticamente termina quando todas as lesões contém crostas.
Quando procurar um médico e possíveis complicações
Geralmente, a catapora é benigna e autolimitada, por isso, costuma se curar sozInha. Porém, em alguns pacientes, podem ocorrer complicações, tais como:
- Pneumonia;
- Otite;
- Sinusite;
- Artrite transitória;
Além disso, encefalite e meningite também são algumas complicações que podem surgir. No entanto, os casos são mais raros.
Você deve procurar um médico quando a criança tiver alguns sinais de alerta.
- Febre persistente;
- Dor local;
- Inchaço;
- Pele com aparência avermelhada;
- Falta de ar;
- Dificuldade para comer.
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Fonte: Dra. Vanessa Infante, Infectologista do Hospital Santa Catarina.