Menos de 20% dos brasileiros tomaram a vacina bivalente contra a Covid

Saúde
14 de Dezembro, 2023
Menos de 20% dos brasileiros tomaram a vacina bivalente contra a Covid

Quase um ano após o início da aplicação no Brasil, a vacina bivalente contra a Covid-19 ainda tem baixa procura. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a cobertura nacional estagnou em 17%. As maiores taxas de vacinação estão registradas no estado de São Paulo, com 23%, seguido pelo Distrito Federal e Piauí, ambos com 20%. Por outro lado, Pará, Mato Grosso do Sul e Alagoas têm apenas 11% da população imunizada. Saiba mais a seguir. 

Veja também: Calendário Nacional de Vacinação incluirá imunizante contra Covid

Vacina bivalente contra a Covid

Atualmente, a vacina bivalente é aplicada em todos os adultos acima de 18 anos e em adolescentes acima de 12 anos com comorbidades, que são considerados grupos de risco. Assim, a bivalente só pode ser tomada por quem tomou pelo menos duas doses da monovalente. Porém, mesmo com o fim da emergência sanitária declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Covid-19 ainda mata, principalmente as pessoas mais suscetíveis.

As novas cepas continuam surgindo, e há muitas variantes de preocupação ou em monitoramento com o potencial de desencadear novos surtos. Uma delas, em particular, a JN.1, está se espalhando pela Europa e já causou um surto no Ceará no mês passado.

Casos da nova cepa continuam aumentando

Embora a OMS afirme que essa cepa apresenta baixo risco para a saúde global, no Ceará os casos vêm aumentando desde a segunda quinzena de novembro, e 80% das amostras sequenciadas correspondem a essa variante. A cepa JN.1 já foi identificada também em São Paulo e Mato Grosso do Sul, sendo que alguns casos não tinham histórico de viagem ao exterior, sugerindo que ela já esteja em circulação no país.

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde estabeleceu um reforço da vacina bivalente para pessoas com mais de 60 anos e para imunocomprometidos com mais de 12 anos que tenham recebido a última dose há mais de seis meses. Dessa forma, segundo a pasta, mesmo que a Covid-19 não apresente um comportamento sazonal, há preocupação com as festas de fim de ano e férias, períodos de grande mobilidade e aglomerações que, em anos anteriores, resultaram em ondas da doença no início do ano seguinte.

Para os especialistas, vários fatores estão por trás da baixa procura. “Com a queda do número de óbitos, as pessoas estão menos preocupadas”, observa a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein. “Também falta divulgação”, opina a especialista. A vacina não evita a doença, mas continua efetiva na prevenção das formas graves. 

Bivalente contra a Covid fará parte do calendário nacional de vacinação

Em 2024, a vacina bivalente fará parte do calendário nacional de vacinação para crianças com idade acima de seis meses e menores de cinco anos. Assim, nessa faixa etária, o esquema de vacinação contará com três doses. Aqueles que já receberam as vacinas em 2023 não precisarão repeti-las.

Além desse público, a vacina também será destinada a grupos de risco, que incluem: idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas, trabalhadores de saúde, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, pessoas com deficiência permanente, pessoas em situação de rua, pessoas privadas de liberdade e jovens cumprindo medidas socioeducativas, além de pessoas que vivem em instituições de longa permanência e seus trabalhadores.

Neste ano, até 25 de novembro, o Brasil registrou 1.747.130 casos e 13.936 mortes pela Covid-19.

O que fazer em caso de sintomas gripais?

  • Manter o isolamento e usar máscara em casa e no trabalho, evitando ao máximo contato com pessoas de risco
  • Procurar deixar os ambientes bem ventilados e adotar medidas de limpeza, principalmente das superfícies mais tocadas (como maçanetas, mesa, interruptor etc.).
  • Lavar as mãos com água e sabonete se estiverem visivelmente sujas ou o uso de álcool gel quando não apresentam sujidade.
  • Aplicar a etiqueta respiratória, ou seja, cobrir a tosse ou o espirro com lenço descartável ou o dorso dos braços se não estiver utilizando máscara num ambiente em que mais pessoas estejam presentes.
  • Buscar atendimento médico e fazer o teste no segundo dia de sintomas. Contudo, se o resultado for negativo, considerar repetir no quarto ou quinto dia.

Qual a recomendação se testar positivo para Covid-19?

  • Manter isolamento domiciliar por 7 dias, com possibilidade de redução para 5 dias se estiver sem febre nas últimas 24 horas e testar negativo ao final do 5º dia
  • Monitorar os sinais de agravamento e procurar um serviço de saúde em caso de piora
  • Usar máscara até completar dez dias após o início dos sintomas
  • Por fim, idosos e imunocomprometidos devem procurar uma unidade de saúde para receber antiviral

Fonte: Agência Einstein.

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