Tumor primário oculto: Anderson, do Molejo, releva diagnóstico de câncer

Saúde
14 de Outubro, 2022
Tumor primário oculto: Anderson, do Molejo, releva diagnóstico de câncer

O cantor Anderson Leonardo, do grupo Molejo, revelou o diagnóstico de câncer aos 50 anos. O anúncio foi feito pelo músico nas redes sociais. “Aos amigos, fãs e contratantes informamos que nosso cantor Anderson Leonardo após uma bateria de exames foi diagnosticado com tumor primário oculto (câncer). O mesmo já está em tratamento e esclarece que todos os compromissos e agenda com o Grupo Molejo serão mantidos”, informou o comunicado. Mas afinal, o que é esse tipo de câncer? Entenda.

Leia mais: Impacto do diagnóstico de câncer para os familiares do paciente

O que é o tumor primário oculto?

De acordo com a Sociedade Americana de Câncer, o tumor primário oculto ocorre quando células de quase qualquer parte do corpo tem um crescimento fora de controle. Assim, elas se espalham, mas sem indicar onde o câncer começou. Como o câncer normalmente se espalha a partir de seu local primário para um ou mais locais metastáticos, cada tipo recebe um nome com base na parte do corpo onde surgiu, mesmo que a doença tenha se espalhado para outras áreas. Por exemplo, um câncer de mama que se espalha para o fígado ainda é classificado como câncer de mama, e não como câncer de fígado. No caso do artista, não está claro onde o câncer começou.

Tratamento

Ao examinar as células cancerosas pela primeira vez ao microscópio, os médicos geralmente classificam um câncer de primário desconhecido em 1 de 5 categorias amplas. O diagnóstico de muitos desses cânceres pode ocorrer posteriormente. Ou seja, após testes mais extensos em laboratório.

A principal razão para procurar o local primário é orientar o tratamento. Como um câncer que começa em um lugar precisa dos mesmos tratamentos quando se espalha, saber onde o câncer começou diz ao médico quais tratamentos ele deve usar — o que ajuda a adotar uma quimioterapia específica ou uso de medicamentos hormonais.

É possível que nunca se descubra a origem de um câncer, mas ainda assim o tratamento pode ter sucesso. Isso porque a aparência das células cancerígenas ao microscópio, os resultados dos testes de laboratório e as informações sobre metástase podem ajudar os médicos a prever que medidas podem ser úteis.

Quando descartam-se, por testes, os tipos de câncer que respondem melhor ao tratamento, geralmente se torna menos importante encontrar a origem exata ou o tipo de câncer.

Por fim, embora exista um componente hereditário em alguns tipos de tumores, a maior parte são provenientes da ação de elementos externos. Assim, evitar fatores de risco, como tabagismo, alcoolismo, medicamentos, radiação solar e, principalmente, hábitos alimentares ruins (alimentos processados) é uma boa forma de diminuir os riscos.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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