Trombocitemia essencial: conheça as causas, sintomas e tratamentos
A trombocitemia essencial (TE) é uma doença mieloproliferativa, ou seja, causa um aumento descontrolado das células sanguíneas, e atinge especialmente as plaquetas. A condição é classificada como um câncer, como afirma o Dr. Carmino Antonio Souza, hematologista da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), e também é conhecida como trombocitemia hemorrágica.
Assim como a policitemia vera (PV), outra doença mieloproliferativa, a TE não apresenta uma causa única e também pode estar associada ao mesmo oncogene JAK2, mas em uma frequência menor que na PV. No entanto, diferentemente da PV, a trombocitemia essencial tem incidência maior em adultos mais jovens, e não em idosos.
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Quais os sintomas?
De acordo com o médico, o sintoma mais comum é a hemorragia cutâneo-mucosa, principalmente quando o número de plaquetas do paciente fica muito elevado.
Em alguns casos, também pode haver hiperviscosidade, condição que torna o sangue “espessado”, sem capacidade de fluir livremente pelos vasos sanguíneos.
O diagnóstico da doença pode ocorrer por meio de um hemograma, mas também existe a possibilidade de a condição ser identificada após hemorragias acentuadas que exigem intervenção rápida, como explica o hematologista.
Trombocitemia essencial tem cura? Quais são os tratamentos?
A doença não tem cura, mas, habitualmente, é uma condição perfeitamente controlável. “No geral, o tratamento intermitente (quando necessário) é feito com o medicamento hidroxiureia”, explica Dr. Carmino. “Inibidores do oncogene JAK2 podem fazer parte do tratamento”.
Além disso, nos casos urgentes, é possível ainda realizar o procedimento plaquetaférese com remoção mecânica das plaquetas “em excesso”.
Quanto tempo vive uma pessoa com trombocitemia essencial?
O médico explica que a doença tem um bom prognóstico, com boa evolução na maioria dos casos. Geralmente, pessoas que sofrem com essa condição morrem devido a outras causas.
No entanto, em casos raros, a trombocitemia essencial pode matar, havendo evolução para fibrose da medula óssea (com falência) e leucemia aguda.
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Fonte: Dr. Carmino Antonio Souza, hematologista da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC) .