Tripla infecção: paciente é diagnosticada com Covid, H3N2 e resfriado

Saúde
07 de Janeiro, 2022
Tripla infecção: paciente é diagnosticada com Covid, H3N2 e resfriado

Recentemente, o Brasil registrou o seu primeiro caso de tripla infecção de coronavírus, influenza H3N2 e resfriado. Trata-se de uma médica de 49 anos, moradora de Botucatu (SP), que admitiu ter participado de vários eventos sociais de forma consecutiva no mês de dezembro.

O diagnóstico da infecção tripla aconteceu após a realização de um exame conhecido como painel viral, um dos mais completos para investigação de síndromes respiratórias. De acordo com a equipe médica que atendeu a paciente, o exame apontou a presença do vírus da Sars-Cov-2 (causador da Covid-19), o da Influenza A (provavelmente o da H3N2) e de um adenovírus, responsável pelos resfriados comuns. Porém, o exame não inclui o sequenciamento genético para o vírus da Covid, mas é provavel que seja causado pela variante ômicron, atualmente responsável pela maioria dos casos de covid-19 no Brasil.

Leia mais: Conheça os sintomas da Ômicron, nova variante da Covid-19

Sintomas da tripla infecção

A paciente diagnosticada com tripla infecção teve sintomas como febre, dores no corpo e na garganta, todos de forma leve. No entanto, é preciso avaliar caso a caso. Dessa forma, o caso é um exemplo de como uma infecção dupla ou mesmo tripla pode acontecer. Por isso, o ideal é manter as atuais prevenções sanitárias, especialmente com o avanço da variante ômicron, além de se vacinarem no prazo correto.

Alexandre Naime destacou que o caso serviu ainda para mostrar não só a importância de manutenção das prevenções sanitárias, especialmente num momento de avanço de uma variante altamente transmissível, como a ômicron, mas principalmente a eficiência da vacinação, que impede a evolução das infecções para internações e óbitos.

Saiba diferenciar Covid, H3N2 e resfriado

A principal semelhança entre as doenças se dá na transmissão: todas passam pelo ar. Dessa forma, os sintomas dos três problemas também são muito semelhantes. Todos podem se manifestar como tosse, coriza e, às vezes, até febre, entre outras ocorrências respiratórias. Por isso, clinicamente é difícil fazer a diferenciação.

E, como estamos em uma pandemia, todo e qualquer sintoma respiratório dito “novo” deve ser investigado para confirmar ou negar o diagnóstico da Covid-19. Para diferenciá-las, é preciso realizar um exame PCR para ter certeza do vírus responsável pela infecção. Afinal, este é o vírus com maior circulação no momento e tem grande impacto coletivo. Sendo assim, o teste ajuda tanto no diagnóstico e no tratamento do paciente, como também na orientação de isolamento dele e de seus contactantes.

Leia mais: Sinusite, Covid-19 ou gripe? Saiba diferenciá-los

Na hora de diferenciar gripes e resfriados, é importante saber que os sintomas da gripe costumam ser mais severos e duram mais tempo para serem curados que os resfriados. Além disso, o vírus da gripe tem grande afinidade com o pulmão, podendo se alojar no órgão e causar complicações mais sérias, como a pneumonia, por exemplo.

Como prevenir resfriado, influenza ou COVID-19

Por fim, vale reforçar maneiras de prevenir as doenças respiratórias: lavar sempre as mãos e frequentar ambientes ventilados, além de medidas que se assemelham àquelas adotadas para prevenção da Covid-19: uso de máscara, álcool em gel e o distanciamento social. Além disso, a vacina contra Influenza é a melhor maneira de prevenir a gripe H3N2. Dessa forma, ela é recomendada para todas as pessoas com 6 meses ou mais, inclusive crianças maiores e adolescentes, bem como profissionais de saúde.

Fonte: G1

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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