Sinusite pós-covid: entenda o que é e quais os sintomas
Após a infecção pelo vírus Sars-cov-2, responsável pelo quadro de Covid-19, muitos pacientes têm se queixado de que os sintomas respiratórios, como nariz entupido e secreção, persistem mesmo após os 10 dias de isolamento. A condição, chamada de sinusite pós-covid, é muito comum não só em pessoas que tiveram o coronavírus, mas também em outras infecções virais.
Conversamos com o otorrinolaringologista Marcel Menon Miyake para entender melhor sobre o assunto. Confira!
O que é a sinusite pós-covid?
De acordo com o médico, essa é uma complicação muito frequente. “O vírus da Covid-19 causa uma inflamação e edema na mucosa do nariz, que acaba gerando uma predisposição para que outro microrganismo, como a bactéria, se prolifere”, explica.
Com isso, uma infecção oportunista, como a rinossinusite, secundária ao quadro de Covid-19 pode se desenvolver. “E isso acontece não só em quadros de coronavírus, mas também por conta de outras infecções virais, como gripes e resfriados.” Além disso, é importante esclarecer que a sinusite pode acontecer também sem nenhuma outra infecção viral prévia.
Leia mais: Afinal, o que é rinossinusite?
Quais são os principais sintomas?
Os principais sintomas da sinusite pós-covid incluem: nariz entupido, com secreção nasal espessa, dor de cabeça e sensação de pressão na face, como na testa. Além disso, pode também apresentar mal estar e febre, podendo ter alguma complicação associada a isso.
“É importante que a pessoa que teve Covid-19 e que esteja tendo sintomas faciais por um tempo maior do que 10 dias ou mesmo que esses sintomas estejam muito intensos, que ela procure um médico para ser avaliada”, destaca.
Como é tratada a sinusite pós-covid?
Geralmente, o tratamento é feito por meio de antibióticos, lavagem nasal, sprays próprios para o nariz e, eventualmente, pode ser prescrito algum corticoide. “É importante destacar que o tratamento é individualizado e o médico otorrinolaringologista é o especialista recomendado para isso”, destaca Marcel.
Fonte: Marcel Menon Miyake, otorrinolaringologista do Hospital Albert Sabin (HAS)