Sinusite é contagiosa? Veja os tipos e cuidados preventivos
O outono e o inverno são estações que favorecem o aumento de doenças e infecções, sobretudo as respiratórias. Uma delas é a sinusite, que bateu o recorde de casos neste ano. No Estado de São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontou de janeiro a junho, mais de 51 mil ocorrências de pacientes com o problema, contra pouco mais de 26 mil do passado. Ou seja, os registros praticamente dobraram de um ano para outro. Diante disso, muitas pessoas têm a seguinte dúvida: a sinusite é uma doença contagiosa?
A seguir, confira possíveis explicações para o crescimento da infecção e como se proteger.
Veja também: Quais as diferenças entre alergia, gripe e resfriado?
O que é a sinusite?
A sinusite é um inflamação bem comum do trato respiratório, que atinge os seios paranasais, conhecidos como “seios da face”. Na prática, a pessoa sente dores de cabeça, na área da testa, no nariz e no maxilar, na região das bochechas. Ou seja, dor generalizada na face, acompanhada de tosse, secreção espessa e obstrução nasal.
Dependendo da causa da sinusite, os sintomas podem incluir febre e dores de garganta. As sinusites mais comuns são dos tipos viral e bacteriana. A viral possui relação com os vírus responsáveis por gripes e resfriados (incluindo o Covid-19), que podem ter a sinusite como sintoma.
Por sua vez, a bacteriana pode ser consequência de uma gripe ou resfriado que não foi devidamente tratado. Logo, o organismo fica mais suscetível à proliferação de bactérias no interior dos seios da face.
Os sintomas de ambas são similares. Entretanto, a bacteriana é mais agressiva, e apresenta secreção amarelada ou esverdeada, febre alta e prostração.
Há, ainda, um terceiro tipo de sinusite, que é a decorrente de alergias respiratória, como a rinite. Geralmente, a condição tem como causa agentes poluentes, produtos de limpeza, fumaça de cigarros, poeira, pelos de animais e ácaros.
A sinusite é contagiosa?
Tanto a sinusite viral como a bacteriana são contagiosas por meio de gotículas de saliva de pessoas infectadas (tosse e respiração, por exemplo). Por isso, é importante evitar o contato próximo com indivíduos sabidamente doentes. Além disso, se você estiver com sinusite, gripe, resfriado ou Covid-19, é fundamental utilizar máscara para evitar o contágio de outras pessoas.
Por que os casos da condição cresceram em 2023?
Neste ano, o outono e o inverno foram atípicos, com menos chuvas do que o normal, que ajudam a manter a umidade do ar. Dessa forma, com o ar seco e frio típicos dessas estações, as mucosas respiratórias ficam mais ressecadas e sensíveis.
Com isso, as vias respiratórias ficam mais suscetíveis a infecções, sejam elas virais ou bacterianas. Somado a isso, o ar pode ficar mais poluído com a ausência de umidade, o que influencia a maior frequência de crises alérgicas.
Dá para se prevenir?
Além de restringir o contato com pessoas doentes, é importante evitar locais de muita aglomeração e com pouca ventilação. Esses dois fatores criam a oportunidade perfeita para a disseminação de vírus e bactérias. Sobretudo entre as crianças e os idosos, que são naturalmente mais frágeis a infecções.
No dia a dia, é possível tomar algumas medidas que ajudam a manter as mucosas nasais mais saudáveis. São elas:
Lavagem nasal: fazer lavagens nasais diárias com soro fisiológico podem aliviar a obstrução nasal ou a sensação de ressecamento interno. Basta aplicar uma seringa com o soro nas duas cavidades. Ou, se preferir, utilize sprays nasais com cloreto de sódio, que são mais práticos.
Ter um umidificador de ambientes: são pequenos aparelhos que ajudam melhorar a umidade do ar em casa. Podem ser colocados no quarto e nos cômodos de maior convívio.
Controlar as alergias com tratamento médico: muitas pessoas alérgicas sofrem mais no outono e no inverno porque não têm cuidados contínuos de controle. Se você se encaixa nesse perfil, vá a um médico otorrinolaringologista para receber o devido tratamento. Às vezes, as alergias podem ser motivadas pela anatomia das vias aéreas, como o desvio de septo. Por isso, a avaliação médica é importante nesse sentido.