Sintomas do herpes genital: saiba quais são e os cuidados necessários

Saúde
24 de Fevereiro, 2023
Sintomas do herpes genital: saiba quais são e os cuidados necessários

O herpes genital é uma doença com sintomas que duram alguns dias, mas que pode ser extremamente desconfortável e contagiosa. A principal marca da infecção são as pequenas bolhas que se formam nas genitais, que se estouram com facilidade, ardem e coçam. A seguir, saiba mais sobre o problema, outros sintomas, tratamentos e se é possível preveni-lo.

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Como se contrai e quais são os sintomas do herpes genital?

O vírus do herpes é bem comum entre a população por ser altamente transmissível e possuir diversos tipos. O herpes genital, por exemplo, é causado pelo vírus herpes simplex dos tipos 1 e 2.

“Existe uma questão que, em teoria, o tipo 1 é mais comum para o herpes labial e o 2, para o genital. No entanto, ocorre um intercâmbio entre eles. Então, você pode ter o herpes labial nas genitais e vice-versa. A infecção se dá pelo contato com a mucosa vaginal ou do pênis com o fluido das lesões causadas pelo herpes. Portanto, o sexo sem proteção, seja ele vaginal, oral ou anal são um risco para a aquisição da infecção genital”, explica Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra dos hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein.

Já os sintomas vão além das incômodas vesículas. De acordo com Pupo, um dia antes do surgimento das bolhas, a pessoa pode ter coceira, vermelhidão e sensibilidade na área da lesão. “Esses sinais antecedem as bolhas, e geralmente se manifestam na glande ou abaixo dela, nos homens; e ao redor da entrada da vagina, entre as mulheres”, diz.

Em relação ao ciclo do herpes genital, a duração varia de cinco a sete dias. Nesse período, as bolhas se rompem algumas vezes, e o fundo da lesão costuma ser “limpo”, sem pus ou outros resíduos. Depois, elas secam até que cicatrizam, se encerrando o processo infeccioso e de contágio.

Como tratar o problema?

Com a suspeita da doença, é importante ir ao urologista ou ginecologista para confirmar o diagnóstico, que costuma ser clínico associado a exames laboratoriais. Com o resultado positivo, Pupo explica que a principal medida é o tratamento com antivirais específicos.

“Normalmente se prescreve o aciclovir oral ou de uso tópico, aplicado sobre as feridas. É importante intervir com o tratamento no início dos sintomas. Dessa forma, o período da infecção e da transmissão se encurta. Além disso, a quantidade de bolhas pode reduzir”, pontua.

Quanto à prevenção do herpes genital, o sexo seguro, com preservativo, é o meio mais eficaz. Todavia, uma vez adquirido, o vírus permanece no organismo e aguarda uma oportunidade para dar as caras.

“Ou seja, as infecções se manifestam quando o sistema imunológico apresenta fraquezas. Situações como estresse, exposição prolongada ao sol, período pré-menstrual e alimentação inadequada podem favorecer novos episódios”, explica o especialista.

Portanto, se você já teve uma crise, é fundamental cuidar da imunidade. Caso o herpes genital seja algo recorrente, com mais de três infecções ao ano, será necessário um tratamento profilático com antiviral de longo prazo.

“É bom ressaltar que gestantes com histórico prévio também precisam desse tipo de cuidado em toda a gestação, sobretudo para evitar o contágio para o bebê na hora do parto”, finaliza o médico.

Fonte: Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra dos hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein.

 

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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