Sintomas da gordura no fígado: fique de olho nos principais

Saúde
14 de Julho, 2023
Sintomas da gordura no fígado: fique de olho nos principais

A esteatose hepática — a famosa gordura no fígado –, atinge cerca de 30% da população, de acordo com o Ministério da Saúde. Como o próprio nome sugere, a condição é o acúmulo de gordura nas células do fígado, os hepatócitos. No começo, a gordura se instala aos poucos no fígado, sem causar sintomas.

Muitas vezes, o indivíduo descobre que possui o problema ao realizar exames de rotina. Nessas situações, o diagnóstico acusa um quadro avançado, com mais de 5% de gordura no órgão. Eis que a condição se torna mais perigosa, pois pode evoluir para doenças mais graves.

Saiba mais a seguir.

Quais são os sintomas da gordura no fígado?

Conforme o tempo passa, os sinais e sintomas da gordura no fígado começam a aparecer. Alguns deles são específicos de alterações no órgão, enquanto outros são genéricos e podem passar despercebidos.

Sintomas gerais

Eles se manifestam em estágios intermediários, quando a gordura começa a atrapalhar o sistema. Desconfie se tiver:

  • Perda de apetite.
  • Cansaço e fraqueza até durante as atividades menos exigentes.
  • Dor de cabeça e na parte superior do abdômen.

Sinais graves

Aparecem na fase de grande acúmulo de gordura, com presença de inflamação intensa que deteriora o fígado. São eles:

  • Pele e olhos amarelados (ou seja, icterícia).
  • Dores e inchaço abdominal, dos pés e tornozelos.
  • Problemas para dormir.
  • Coceira na pele.
  • Progressão dos sintomas do grau moderado.
  • Vômitos com sangue (hemorragias).

O que acontece se a esteatose hepática não for tratada?

O aumento gradual de gordura dentro dos hepatócitos vai causando inflamações no fígado. Como resultado, a esteatose pode progredir para cirrose hepática, hepatite gordura e até câncer. 

Além disso, a condição favorece doenças metabólicas, como o diabetes e a obesidade. O contrário também é válido: essas enfermidades são fatores de risco para a esteatose hepática.

Logo, o tratamento da gordura no fígado precisa ocorrer em conjunto com os cuidados dessas doenças para se evitar as complicações. Sobretudo a perda do excesso de peso, que é um dos grandes responsáveis pela esteatose hepática — segundo o Ministério da Saúde, 60% dos casos são de pacientes com sobrepeso ou obesidade.

Outras condições que contribuem para o aumento de gordura no fígado:

  • Sedentarismo e alimentação inadequada, rica em ultraprocessados e gorduras.
  • Colesterol e pressão alta.
  • Uso contínuo de alguns medicamentos. Por exemplo, corticoides, antirretrovirais, diltiazen e tamoxifeno.
  • Lesões e doenças prévias do fígado.

Quem está mais suscetível à doença?

Embora a esteatose hepática possa acometer qualquer pessoa com os fatores de risco acima, as mulheres são as mais afetadas. O motivo é o estrógeno, hormônio feminino que colabora para a concentração de gordura no fígado. Indivíduos com ascendência oriental ou hispânica também são grupos mais vulneráveis, aponta o Ministério da Saúde.

Tratamento e prevenção

Ambos dependem de mudanças no estilo de vida do paciente. Rever a alimentação e adotar uma rotina de exercícios físicos são o primeiro passo para reverter o quadro. Além disso, é fundamental cortar o consumo de bebidas alcoólicas, que são um combustível para a inflamação do fígado.

O uso de medicamentos se aplica em casos avançados, quando o órgão apresenta fibrose. Por fim, é importante reforçar que o tratamento deve caminhar com o controle das causas. Ou seja, se o indivíduo possui diabetes, precisa cuidar da condição e vice-versa.

Referências: Ministério da Saúde; Einstein; Cleveland Clinic; e Mayo Clinic.

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