Setembro Amarelo: perceba o risco de suicídio em alguém próximo

Bem-estar Equilíbrio
06 de Setembro, 2022
Setembro Amarelo: perceba o risco de suicídio em alguém próximo

Este mês é marcado pelo Setembro Amarelo, uma mobilização nacional em torno da prevenção ao suicídio, promovida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Assim, a campanha tem o objetivo de contribuir para a diminuição do número de ocorrências no país, que fica acima da média mundial. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados anualmente cerca de 700 mil suicídios no planeta. No Brasil, os números ultrapassam os 14 mil. Além disso, a maior incidência de depressão e ansiedade na pandemia contribuiu para o maior risco de casos. No ano de 2020, os transtornos de ansiedade aumentaram mundialmente em 25,6% e os casos de depressão em 27,6%.

Setembro amarelo: saiba reconhecer o risco de suicídio em outras pessoas

Diante desse cenário, para baixar as estatísticas, é essencial estar atento ao risco de suicídio em pessoas ao seu redor. “Grande parte das pessoas não sabe como perceber isso. Todos nós podemos ficar atentos, buscar informações e olhar com mais atenção e empatia para a saúde mental, a nossa e a do próximo”, comenta Milene Rosenthal, psicóloga, co-fundadora da Telavita, clínica online de saúde mental.

Leia também: Dia do psicólogo: guia para a primeira consulta com o especialista

De acordo com a psicóloga entrevistada, o mais importante é observar mudanças de comportamento, como falta de interesse em comer ou participar de atividades sociais, mudança nos padrões de sono ou afastamento de outros aspectos da vida.  “A pessoa que enfrenta quadros mais severos de ansiedade ou depressão pode expressar preocupação excessiva, desamparo ou tristeza profunda, especialmente por períodos prolongados”, diz.

Milene reforça a importância do diálogo e do acompanhamento profissional. “Primeiramente, é importante estar presente e escutar o que a pessoa tem a dizer, demonstrando disposição em ajudar e acolher. Havendo a construção desse vínculo de confiança e conforto, é fundamental estimular a busca de atendimento psicológico ou psiquiátrico e acompanhar o processo terapêutico, dando suporte no que for necessário”, finaliza a especialista.

Busque ajuda

Você pode encontrar ajuda psicológica através dos seguintes canais:

  • Centro de Valorização a vida (CVV) –  rede de apoio emocional e prevenção do suicídio. Atende ligações voluntária e gratuitamente de pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias. Acesse o site: www.cvv.org.br ou ligue para 188;
  • Em casos de emergência – ligue para o SAMU, discando 192 ou vá para uma UPA, pronto socorro ou hospital mais próximo.

Fonte: Milene Rosenthal, psicóloga, co-fundadora da Telavita, clínica online de saúde mental.

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