Sarampo no bebê: conheça os sintomas e a importância da vacina
Você sabia que o sarampo afeta, principalmente, bebês e crianças? Mas, apesar desse grupo ser o mais vulnerável, o pediatra Fabio Weber Donatelli, membro da plataforma Doctoralia, informa que ela pode, sim, acometer qualquer faixa etária, inclusive adultos, especialmente aqueles que nunca foram vacinados. Dessa forma, é bastante comum casos de sarampo no bebê, por exemplo.
Trata-se de uma infecção grave, causada pelo vírus Measles morbillivirus e que pode, em casos extremos, levar à morte. A transmissão costuma ser muito fácil, uma vez que se dá por meio de gotículas respiratórias, assim como acontece com outros problemas virais, a exemplo da gripe comum e da Covid-19. Ou seja, o contágio ocorre por atitudes simples, entre elas tosse, espirro, fala e respiração.
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Sintomas do sarampo no bebê
“O sarampo é caracterizado, principalmente, por febre, exantema (manchas vermelhas pelo corpo), tosse, coriza e conjuntivite, podendo evoluir para pneumonia”, explica o médico. “O período de incubação gira em torno de 10 a 14 dias.”
Esses sinais costumam, a princípio, ser confundidos com gripe, resfriado ou alergia. Por isso, é importante avaliar a temperatura corporal – a febre ultrapassa os 39º C e pode durar até uma semana – e ainda outros sintomas, como irritabilidade, dor de garganta, cansaço excessivo e perda de apetite.
Já as manchas avermelhadas, em geral, aparecem primeiro no couro cabeludo, espalhando-se depois para o restante do corpo. É possível ainda que surjam, no interior da boca, algumas manchas brancas.
É essencial procurar um médico assim que os primeiros sintomas aparecerem. Para confirmar o diagnóstico, o pediatra faz uma análise desses indícios e também do histórico clínico. Se houver suspeita de alguma outra doença, ele pode solicitar ainda um exame de sangue.
Ao confirmar a presença do sarampo no bebê ou em adultos, é importante isolar o paciente para evitar a contaminação de outras pessoas.
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Como funciona o tratamento
Fabio informa que não existe um tratamento específico para o sarampo. Dessa forma, a prescrição médica se concentra em atenuar os sintomas por meio de analgésicos e antitérmicos, reduzindo os efeitos e o desconforto. Durante esse período, o ideal é manter uma alimentação balanceada e cuidar da ingestão de água para evitar um possível quadro de desidratação.
No caso do bebê em fase de amamentação, o recomendado é oferecer o leite – seja materno ou fórmula – diversas vezes ao longo do dia. Roupas leves, compressas de água fria e muito descanso ajudam a acelerar o processo de recuperação.
Melhor prevenção é a vacina
A única prevenção contra o sarampo, segundo o pediatra, é a vacinação, que faz parte do Plano Nacional de Vacinação e é totalmente gratuita. “Éramos considerados, em 2016, como um país onde havia erradicação do sarampo. Porém, infelizmente, com a falta de aderência de parte da população às campanhas nacionais de imunização, desde 2017 presenciamos a volta do sarampo no Brasil e em alguns outros países”, alerta.
A aplicação do imunizante, chamado de tríplice viral por combater sarampo, caxumba e rubéola, é recomendada pelo Ministério da Saúde aos 12 meses e aos 15 meses de idade. “Nos estados com ocorrência de sarampo (por exemplo, São Paulo) faz-se necessária uma dose zero aos 6 meses de idade”, complementa Fabio.
Por fim, vale ressaltar que a vacina tem algumas contraindicações: gestantes e pessoas com doenças crônicas (como câncer, hipertensão e diabetes) ou autoimunes (esclerose, lúpus e artrite reumatoide, entre outras).
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Fonte: Fabio Weber Donatelli, pediatra e membro da plataforma Doctoralia.