Piscina coletiva oferece riscos à saúde? Especialista responde

Saúde
31 de Outubro, 2022
Piscina coletiva oferece riscos à saúde? Especialista responde

No verão, é difícil aguentar as altas temperaturas sem reclamar, especialmente se você não tem como se refrescar. Por isso, muitas pessoas optam por uma piscina coletiva, seja em parques aquáticos, clubes ou condomínios. No entanto, será que existe risco de contaminação por meio da água desses locais? Descubra!

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Afinal, quais são os riscos?

Em algumas situações, as doenças podem ser contraídas pela água por meio da ingestão, por exemplo. Contudo, em piscinas coletivas o risco é pequeno, pois dentro da água as substâncias químicas usadas para tratar o local agem no combate às bactérias. Por isso, de acordo com Silvana Barros, epidemiologista, a presença do cloro na dosagem correta é o fator que garante, minimamente, o uso adequado da água sem transmissão de doenças, pois é o papel do cloro bloquear esse risco. 

“O ideal é que esses lugares tenham uma regulamentação, porque o mínimo que a gente pode esperar é um controle de vigilância sanitária. A água clorada é um fator importante para redução de doenças veiculadas pela água”, destaca a especialista. 

Ela explica, ainda, que não há como avaliar individualmente se o lugar tem ou não cloro, além de não saber se está com a dosagem correta. Por isso, é importante escolher lugares regulamentados e legalizados por órgãos de vigilância sanitária e saúde. 

Barros conta que, no mais, não há problemas em frequentar as piscinas compartilhadas. “Se é piscina de uso coletivo, de prédio, de condomínio, também é importante garantir com o síndico ou com quem administra, que tenha essas condições de tratamento. O cloro é muito potente para evitar transmissão de doenças comuns, como viroses e tudo mais, mas não é pela água que a gente se contamina. A transmissão não acontece por aí”, tranquiliza a médica.  

Piscina coletiva: atenção aos vestiários

Além da água, é importante se atentar também ao estado de espaços como vestiários e banheiros. Barros conta que, nesses locais, o melhor a se fazer é andar sempre de chinelo, especialmente nos sanitários coletivos. “Você vai entrar em um lugar úmido, quente, é propício à proliferação de fungos. Então, o ideal é que a pessoa ao usar estes vestiários esteja calçada”. 

“As outras questões são, inclusive, de segurança. Ver se tem salva-vida, lugares com segurança para crianças, profundidade, piscinas adequadas para evitar outros tipos de acidentes, não só relacionados à infecção. A infecção, digamos assim, em um lugar decente, é pouco comum tomando o mínimo de medidas de higiene”, completa.

Fonte: Silvana Barros, coordenadora do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar da Rede Mater Dei.

Sobre o autor

Gabriela Ferreira
Jornalista e Repórter da Vitat.

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