Pilates solo ou no aparelho: qual é o melhor? Especialista explica diferenças
O pilates é uma modalidade completa para quem está buscando fortalecer os músculos e melhorar a consciência corporal. A prática desembarcou no Brasil na década de 1990, e hoje existem centenas de estúdios especializados no país, além de diversas academias que oferecem a aula.
Eis que a variedade pode despertar dúvidas, já que o pilates pode ser feito no solo ou no aparelho, o chamado reformer. Uma delas é sobre qual das opções seria mais eficiente quando se trata de benefícios. Neste artigo, você saberá as respostas para escolher a versão que mais se adapta à sua rotina.
Veja também: Como funciona a primeira aula de Crossfit?
Qual a diferença entre o pilates solo e o feito nos aparelhos?
Como o próprio nome sugere, o pilares solo — ou mat pilates — é praticado no chão, sobre um colchonete ou mat. Nesse tipo de aula, que é mais comum em academias que oferecem outras modalidades, o aluno realiza os movimentos com o auxílio de bola e outros acessórios menores.
Já o pilates no aparelho, considerado o método clássico e criado pelo próprio Joseph Pilates, o praticante realiza a prática em aparelhos variados, como o reformer, que é uma espécie de cama deslizante com molas, a chair, que se assemelha a uma cadeira, além do cadillac e do ladder barrel.
De maneira resumida, cada equipamento trabalhar uma aptidão específica, com o objetivo de alongar, fortalecer toda a musculatura do corpo, incluindo a de localização profunda, mais difícil de trabalhar com exercícios convencionais.
Tenho limitações físicas. Qual das alternativas é mais segura?
Charles Normando, instrutor do estúdio Meister Pilates da academia Competition, explica que o mais importante é praticar a modalidade com profissionais qualificados, que ensinam o método de forma responsável. “Muitas vezes, ministramos o pilates em grupos, principalmente em aulas coletivas. Contudo, o ideal é que o professor dê a aula somente para um aluno, para que o praticante possa assimilar a essência do método, que vai além do físico, pois trabalha muito o aspecto mental”, orienta o especialista.
Portanto, a técnica é fundamental para uma experiência segura no pilates, seja ele no solo ou no estilo clássico, com o reformer. Normando acrescenta que, sob essas duas versões, o pilates pode ser o clássico ou o contemporâneo. Este último possui a base clássica, mas com alguns exercícios novos. Então, se você tem interesse em fazer uma aula experimental, esclareça essa dúvida com o o professor do espaço.
Além disso, caso haja limitações físicas, é essencial consultar um médico para avaliar se a prática está liberada para seu contexto.
Afinal, qual é melhor: pilates solo ou o clássico, no equipamento?
A resposta é: depende. Como falamos acima, uma boa aula de pilates precisa de um bom instrutor. Dessa forma, o professor será capaz de oferecer uma boa condução tanto no solo como no equipamento, pois prioriza a execução correta dos exercícios para prevenir lesões.
Porém, é inegável que o pilates solo e o no aparelho são diferentes em alguns aspectos cruciais. Abaixo, elencamos os pontos positivos e negativos de cada um.
Pilates solo
O pilates feito no solo é mais popular do que o clássico com equipamentos. O motivo é a versatilidade, já que pode ser feito em qualquer espaço amplo.
Por isso, pode ser financeiramente mais viável. Mas, atenção: verifique se o professor é habilitado para ministrar o método, pois nem todas as academias oferecem o pilates “verdadeiro”.
Nos aparelhos
Ao contrário do pilates solo ou mat pilates, os aparelhos são ajustáveis. Portanto, o professor pode aumentar a resistência ou carga de alguns movimentos, o que aumenta o desafio a cada aula. Se o estúdio possuir mais de um tipo de equipamento, as possibilidades de exercícios são maiores, oferecendo mais estímulo aos alunos.
Por terem funções distintas, os aparelhos do pilates clássico podem servir a um propósito de reabilitação física, já que dá para focar em áreas bem isoladas do corpo.
Para quem busca um atendimento mais personalizado, o pilates nos equipamentos é uma boa opção, já que tem a premissa de proporcionar a interação entre o professor e apenas um aluno, ou um grupo bem reduzido. Em contrapartida, do ponto de vista financeiro, exige mais investimento do que o mat pilates.
Conclusão: ambos são benéficos, mas têm propostas diferentes
Se a meta é ter mais força, mobilidade, flexibilidade e integração entre corpo e mente, os dois são ótimas opções. Cada versão tem seus desafios: por mais que o mat pilates não tenha os equipamentos, não quer dizer que será menos eficiente.
O especialista em pilates da Competition lembra que a forma como professor transmite o método faz toda a diferença, e saberá utilizar outros recursos além dos tradicionais equipamentos em uma aula no solo.