Perfil biofísico fetal: o que é, para que serve e como é feito

Gravidez e maternidade Saúde
27 de Maio, 2022
Perfil biofísico fetal: o que é, para que serve e como é feito

Para mulheres com gestação de alto risco, o perfil biofísico fetal (PBF) é um dos exames que deve ser feito no terceiro trimestre. Na realidade, ele está disponível para todas as mulheres durante a gravidez, mas aquelas que apresentam quadros como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, têm mais de 35 anos e outros casos que configuram gravidez de alto risco, essas devem fazer sem falta. Saiba mais.

Para que serve o perfil biofísico fetal?

O perfil biofísico fetal, que pode ser feito a partir de 34 semanas de gestação, serve para avaliar a vitalidade do feto, ou seja, verificar se o bebê está bem. O funcionamento do sistema nervoso, a adequação do desenvolvimento para a idade gestacional e a oxigenação são os aspectos avaliados.

Assim, o exame consegue mostrar se o feto está em sofrimento, condição acarretada caso ele receba menos oxigenação do que o necessário, por exemplo. Pois, isso prejudica o bem-estar do pequeno e configura sérios riscos. E daí a importância do exame, pois concede a chance de o obstetra adotar a conduta que julgar necessária para garantir a saúde do bebê.

Como o perfil biofísico fetal é feito?

O PBF é composto por dois exames: o ultrassom obstétrico e a cardiotocografia. Realizados no consultório, é importante que a mulher esteja com uma roupa leve e tenha se alimentado 20 a 60 minutos antes, pois assim o feto recebe mais nutrientes e fica mais ativo. Os exames são feitos em uma maca, com a gestante deitada em posição confortável.

Tanto o ultrassom quanto a cardiotocografia avaliam alguns parâmetros que juntos somam uma pontuação de 0 a 10. Veja a avaliação em detalhes:

Ultrassom obstétrico

Realizado da mesma forma que o ultrassom tradicional, os aspectos avaliados aqui recebem dois pontos se presentes ou normais, ou são classificados com nota zero se ausentes ou anormais. O que é observado:

  • Índice do líquido amniótico: pode estar normal, baixo (oligoâmnio) ou aumentado (polidrâmnio).
  • Movimentos respiratórios: o feto realiza movimentos respiratórios dentro do útero e o ultrassonografista consegue avaliá-los ao observar o movimento do abdome fetal.
  • Tônus: avalia se a musculatura do bebê está com tonicidade padrão, se não está flácido ou com bracinho caído.
  • Movimentos do bebê: se estão presentes ou ausentes.

Cardiotocografia

Para fazer esse exame são colocadas duas faixas no abdome da mulher e dois sensores, sendo um para avaliar os movimentos do bebê e se a gestante está tendo contrações uterinas e outro para registrar os batimentos cardíacos fetais. 

Aqui é avaliado se o feto está ativo e reativo, ou seja, se reage a estímulos sonoros e mecânicos. Isso é observado caso o batimento cardíaco acelere ou haja movimentação após esses estímulos. O exame dura de 20 a 40 minutos, e sua pontuação também varia de zero a dois pontos.

Por fim, a pontuação final pode variar de zero a dez, indicando:

  • 8 ou 10: exame normal, bebê saudável.
  • 6: exame suspeito, indica possível risco de sofrimento fetal.
  • 0, 2 ou 4: exame alterado, sugerindo alto risco de sofrimento fetal.

Leia também: Atonia uterina: o que é, causas e os principais tratamentos

Conduta médica

Ao analisar o resultado do perfil biofísico fetal, o obstetra consegue diagnosticar de forma precoce alterações que podem colocar em risco a vida do bebê. E, assim, adotar a melhor conduta para garantir o bem-estar fetal. Mas, em alguns casos, pode até ser necessária a antecipação do parto.

Fonte: Dra. Marcela Lorenzo é ginecologista e obstetra e possui aprimoramento em reprodução humana e laser vaginal

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