Paralisia das cordas vocais: Aline Gotschalg revela sequela após câncer
A ex-BBB Aline Gotschalg tem passado por momentos difíceis decorrentes de um câncer de tireoide. Em agosto desse ano, ela revelou que recebeu o diagnóstico precocemente e que, após passar por uma cirurgia, já estava curada. No entanto, agora ela está com paralisia das cordas vocais, uma condição que causa perda total da sua voz durante um período. Em seu relato, publicado no perfil do Instagram, Aline disse que gostaria de gravar um vídeo explicando o novo diagnóstico, mas que além da perda da voz, está sofrendo com falta de ar.
Segundo ela, um mês após sua cirurgia para tratar do câncer de tireoide, ela realizou uma endoscopia que detectou uma gastrite. No dia seguinte, ela começou a sentir alterações na voz, mas achou que eram decorrentes do exame. No entanto, ao procurar uma fonoaudióloga, ela descobriu a paralisia das cordas vocais.
“Estou com paresia na corda vocal direita. Não é uma paralisia completa, mas minha corda vocal não fecha mais a ponto de encontrar a esquerda para conseguir falar. As duas cordas vocais precisam se encontrar para emitirmos som. Hoje consigo falar baixinho e devagar, o que já é um progresso”, explicou.
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Afinal, quais são as causas da paralisia das cordas vocais?
A paralisia das cordas vocais é a incapacidade de mover os músculos que controlam as cordas vocais e pode ser causada por tumores, lesões ou danos a nervos. Atinge, sobretudo, as mulheres e pode afetar uma corda, como foi no caso da ex-BBB, ou as duas cordas vocais.
Sintomas
A paralisia das cordas vocais impede que elas se abram e se fechem, e pode afetar a fala, a respiração e a deglutição. Além disso, facilita que alimentos e líquidos sejam inalados até a traqueia e os pulmões.
Caso haja paralisia de uma única corda vocal, a voz fica rouca e sussurrada. Geralmente, a via respiratória não fica obstruída, porque a corda normal, do outro lado, abre o suficiente.
Quando ambas as cordas vocais ficam paralisadas, a voz reduz-se em potência, embora continue a soar normalmente. Contudo, o espaço entre as cordas paralisadas é pequeno e a via aérea é inadequada; por esta razão, até mesmo um exercício moderado causa dificuldade de respirar e um som rouco e agudo (estridor), sempre que a pessoa respira.
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Como diagnosticar?
O diagnóstico da paralisia das cordas vocais é clínico, ou seja, o médico faz perguntas sobre o histórico de saúde do paciente. É composto, também, pelo resultado da laringoscopia, um exame da laringe realizado por meio de um tubo de visualização fino e flexível. Além disso, exames adicionais podem incluir: ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) da cabeça, pescoço, tórax e glândula tireoide, bem como radiografias do esôfago.
Tratamento da paralisia das cordas vocais
Aline Gotschalg tem feito tratamento com fonoaudióloga todos os dias para se curar da paralisia das cordas vocais sem precisar de uma intervenção cirúrgica. “O tratamento é um processo mais lento, mas estou me cuidando, me esforçando e me dedicando 100% para conseguir reverter essa paresia e ter um resultado positivo somente com fono. Eu creio que vai dar certo!”, disse.
Nesta quinta-feira (05), ela compartilhou uma foto usando um tubo de ressonância lax vox para praticar exercícios com uma garrafa de água. “Por aqui fazendo os exercícios da fono…”, escreveu na legenda. O procedimento, conhecido como Voz Livre, é indicado para aquecimento vocal e para tratamento de distúrbios na voz.
Cirurgia
A cirurgia costuma ser o último recurso. O procedimento para casos como o de Aline, quando a paralisia ocorre em apenas um lado, altera-se a posição da corda vocal paralisada para permitir uma fala mais normal. A operação pode envolver a inserção de um espaçador ajustável junto à corda paralisada ou a injeção de uma substância para aproximar as cordas, melhorar a voz e prevenir a aspiração.
Por outro lado, quando ambos os lados estão paralisados, pode ser necessária uma traqueostomia (cirurgia que cria uma abertura para a traqueia). Em outro procedimento, conhecido como aritenoidectomia, as cordas vocais ficam permanentemente separadas e, deste modo, alargam-se as vias aéreas. No entanto, este procedimento pode piorar a qualidade da voz.
Por fim, a remoção a laser de parte de uma ou das duas cordas vocais é preferível à aritenoidectomia e ajuda a alargar as vias aéreas. Se for feita de forma correta, a remoção a laser pode preservar satisfatoriamente a qualidade da voz e eliminar a necessidade de traqueostomia.
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Referências: Manual MSD