Orelha de abano: conheça a otoplastia, cirurgia para corrigir a condição
Orelhas proeminentes, mais conhecidas como orelha de abano, é uma condição que atinge 5% da população, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). A causa da orelha de abano é genética. Dessa forma, o tratamento é exclusivamente cirúrgico, realizado por meio da otoplastia, cirurgia para correção do problema.
Embora a condição não seja considerada um problema de saúde, mas sim estético, pode trazer problemas para a autoestima. Por essa razão, muitas famílias procuram pela correção logo que seus filhos entram na idade escolar, para que, dessa forma, evite que os pequenos sofram com o temido bullying, além de melhorar a qualidade de vida das crianças. Estudos indicam, por exemplo, que episódios de bullying podem levar a um déficit de desempenho escolar.
Aliás, desde cedo é possível saber se a criança terá orelha de abano. Isso porque, em média, quando a criança completa três anos, 90% do tamanho da orelha já se formou, permitindo prever o formato que ela terá na fase adulta.
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Cirurgia corrige orelha de abano
A otoplastia é um procedimento considerado simples. Dessa forma, consiste em esculpir a cartilagem do local, a fim de deixá-la mais próxima à cabeça e, ainda, resgatar suas ondulações naturais. No caso das crianças, a cirurgia é realizada com anestesia geral e pode ser realizada a partir dos 6 anos de idade. Já nos adultos, pode ser usada a anestesia local ou até mesmo nenhuma anestia. O procedimento é realizada em hospital, com alta no mesmo dia.
“A cicatriz final fica atrás da orelha (retroauricular) e, normalmente, a recuperação total leva de uma a duas semanas. Os pontos podem ser absorvíveis, mas eventualmente pode ter um ou outro que precise ser retirado em torno de 10 dias. O curativo é feito com um enfaixamento que fica em média três dias, e depois usa-se uma faixa compressiva por pelo menos duas semanas”, explica Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Os riscos da cirurgia de correção
Ainda segundo o especialista, como em qualquer cirurgia, na otoplastia também podem haver intercorrências. Assim, os riscos incluem sangramento, hematoma e infecção. Além disso, a longo prazo, a cicatriz pode ficar alargada ou aumentada.
“Deformidades mais significativas podem precisar de algumas etapas cirúrgicas para reconstrução de toda a orelha. Em todos os tratamentos cirúrgicos propostos é importante trazer a criança para participar e interagir nas decisões. A participação dela nessa fase pode ser fundamental para ter um bom pós-operatório”, orienta Dr. Amato.
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Fonte: Dr. Fernando C. M. Amato, graduado em Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).