Ooforectomia: o que é e quando é indicada
A cirurgia de remoção dos ovários recebe o nome de ooforectomia. “Trata-se de um procedimento invasivo, cirúrgico, com acesso a cavidade abdominal/pélvica e remoção do ovário”, descreve o ginecologista e obstetra Adelmo Modesto. Mas por que uma mulher pode receber indicação para fazer esse procedimento? Saiba mais a seguir.
Quando fazer a ooforectomia?
“Está indicada na presença de lesão ovariana benigna (como cistos de teratoma e endometrioma, por exemplo) ou maligna (câncer). Lesões císticas acima de 9 cm e casos de torção ovariana também podem indicar ooforectomia”, elenca o médico.
Além disso, pacientes com câncer de mama podem receber indicação da remoção profilática dos ovários. Pois, o objetivo é eliminar a fonte de produção dos hormônios, cujos efeitos poderão agravar a evolução do tumor.
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Tipos de ooforectomia
- Unilateral: é a remoção de apenas um ovário, e a indicação ocorre em casos de cistos dermóides, mucinosos, fibromas, endometriomas, cistos com lesões maiores que 9 cm e cistos complexos.
- Bilateral: pacientes com lesões ovarianas suspeitas de neoplasia maligna e que já se encontram na menopausa podem receber indicação de ooforectomia bilateral, ou seja, para remoção dos dois ovários. Além disso, pacientes com diagnóstico de câncer de mama e teste genético positivo para o BRCA1 e BRCA2 também.
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Como é feita a cirurgia
“Realiza-se a cirurgia por via laparoscópica (cirurgia por vídeo) ou por via laparotômica (cirurgia aberta)”, explica o ginecologista. “Assim, a recuperação tende a ser progressiva e satisfatória quando as recomendações são seguidas de forma adequada pela paciente. Mas, geralmente a alta hospitalar é precoce com 24 horas da cirurgia. Por fim, a partir de 30 a 45 dias é possível voltar à rotina habitual.”
Fonte: Adelmo Modesto, ginecologista e obstetra (CREMEB: 31374/RQE: 20035)