Óleo de krill: Para que serve, benefícios e como consumir
Você já ouviu falar no óleo de krill? Geralmente encontrado em cápsulas, esse suplemento é uma boa pedida para quem não pode — ou não deseja — ingerir comprimidos à base de peixes. Mas quais as suas funções no nosso corpo? Confira a seguir:
O que é o krill
O krill é um crustáceo bem pequeno, parecido com um camarão. E apesar do seu tamanho mínimo, ele exerce um importante papel para o meio ambiente. Isso porque estima-se que todos esses animais, juntos, somem 380 milhões de toneladas dentro do oceano! Além disso, eles são capazes de remover até 12 bilhões de toneladas de carbono da atmosfera por ano, o que contribui para amenizar o efeito estufa (segundo um artigo publicado na revista Nature).
As baleias representam as principais predadoras do krill. Contudo, a pesca intensiva tem reduzido a população desses seres, aumentando assim, a temperatura dos oceanos e contribuindo para o desequilíbrio do ecossistema aquático.
Benefícios do óleo de krill
Antes de conhecer os benefícios do óleo de krill, vale, primeiro, entender sobre a principal substância que ele carrega: o ômega-3, um ácido graxo poli-insaturado (“gordura boa”) parecido com o ômega-6.
O ômega-6, por exemplo, pode ser encontrado em carnes e é muito importante para o desenvolvimento do bebê nos primeiros meses de vida, sem contar que possui efeitos anti-inflamatórios.
Já o ômega-3, por outro lado, é o presente no óleo de krill. Ele auxilia na manutenção das membranas celulares, no equilíbrio do colesterol e dos triglicerídeos (de acordo com um estudo feito no Japão), na proteção cerebral e na estimulação da memória e da cognição. A família do ômega-3 pode ser dividida em alguns tipos de ácidos graxos. Como:
- Ácido alfa linolênico (ALA), encontrado principalmente em vegetais, óleos e castanhas;
- Ácidos eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA), encontrados em fontes marinhas.
O ALA é facilmente obtido por meio de uma alimentação equilibrada, e pode servir de matéria-prima para o corpo fabricar EPA e DPA. Entretanto, as quantidades desses dois últimos são mínimas, e devem ser complementadas com o consumo frequente de frutos do mar, peixes, ou com a suplementação do óleo de krill.
Nas cápsulas com óleo de peixes, o EPA e o DPA estão ligados a triglicerídeos, o que os deixa menos solúveis, mais difíceis assimilar e com um cheiro característico (e um tanto desagradável). Por isso, o pequeno camarão torna-se uma alternativa viável e não apresenta riscos de contaminação por mercúrio, o que acontece com algumas espécies de peixes.
Além disso, o óleo de krill carrega:
- Colina: Age como precursora do neurotransmissor acetilcolina, que tem influência na memória e na aprendizagem. Sem contar que ajuda no combate ao acúmulo de gordura e toxinas no fígado;
- Astaxantina: Responsável pela coloração vermelha natural do crustáceo, é um dos mais potentes antioxidantes entre os carotenoides. Também reduz o LDL (“colesterol ruim”) e aumenta o HDL (“colesterol bom”), auxiliando na diminuição do risco de doenças cardíacas.
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Como consumir óleo de krill
Como o suplemento é administrado em cápsulas, a quantidade de óleo de krill que você precisa consumir diariamente costuma variar de marca para marca — mas gira em torno de dois comprimidos por dia. Contudo, consulte seu médico antes de acrescentá-lo ao cardápio.
Lembre-se também de verificar a procedência da matéria-prima antes de escolher o produto: priorize os animais retirados do oceano de forma sustentável. Aqueles criados em cativeiro podem conter etoxiquina, uma substância química utilizada na ração de animais com o objetivo de evitar a oxidação da gordura, mas que já se mostrou prejudicial à saúde.