Oftalmologista pediátrico: o que é e quando procurar um

Gravidez e maternidade Saúde
20 de Junho, 2022
Oftalmologista pediátrico: o que é e quando procurar um

Em primeiro lugar, você sabia que, ao nascer, a visão dos bebês ainda é pouco desenvolvida? Somente aos dois meses de idade a criança começa a fixar o olhar. Posteriormente, aos seis, a seguir objetos com os dois olhos. E apenas aos quatro anos a visão é como a dos adultos. Assim, para ter certeza de que tudo está correndo bem com os olhos de uma criança, os pais ou cuidadores devem levá-la a um oftalmologista pediátrico.

O especialista é responsável por avaliar a evolução visual dos pequenos e detectar, prevenir e tratar doenças. Saiba mais a seguir.

Quando procurar um oftalmologista pediátrico?

Segundo a médica Christiane Rolim, oftalmologista pediátrica do Sabará Hospital Infantil, em São Paulo (SP), logo no primeiro ano de vida a criança já fazer uma consulta de rotina. Depois, é importante que os pais a levem aos 2 anos e meio e, se possível, aos 5 anos e meio. 

Até essa idade, mais ou menos, a criança em geral ainda não mostra nenhuma dificuldade visual. Por isso, as doenças podem passar despercebidas. Mas, estrabismos (desvios oculares) após os seis meses de vida, movimentos oculares diferentes, bem como posicionamentos de cabeça para conseguir enxergar são alguns dos sinais indiretos de dificuldade visual.  Um médico especializado vai saber detectar qualquer sinal de anormalidade. 

A miopia ou hipermetropia, que são corrigidos com óculos, são a causa mais frequente de dificuldade visual na infância. “Também pode ter atraso no ritmo de desenvolvimento. Como por exemplo, crianças que aos 4 meses ainda não fixam objetos com o olhar,” diz a médica. Além disso, o oftalmologista pediátrico também pode ser acionado em casos de obstrução do canal lacrimal, que leva a um lacrimejamento espontâneo. Assim como irritações palpebrais e alergias. Estes últimos, aliás, são muito comuns, especialmente nos grandes centros.

Como saber se meu filho tem uma doença grave?

Segundo a médica, doenças mais graves são raras. Dentre elas, estão a catarata congênita, presente no nascimento ou na infância, o glaucoma (aumento da pressão ocular devido ao acúmulo de líquido no local) e tumores oculares, como o retinoblastoma. 

Mas, como reconhecê-los? Existem vários sinais que podem estar associados a estas doenças. Por exemplo, aumento do globo ocular, mudança da cor da parte externa do globo, aparecimento de um ponto branco na pupila, perda do reflexo vermelho nas fotografias em um dos olhos. “Por tudo isso, é muito importante levar as crianças em exames de rotina”.

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Como são as consultas?

A consulta geralmente inclui uma avaliação dos movimentos oculares, da visão e da parte externa do olho com luzes específicas. Depois, o oftalmologista irá pingar medicações para relaxar a musculatura e dilatar a pupila para realizar a aferição da graduação e o exame do fundo do olho. “Assim, a dilatação pupilar é fundamental, dura até 24 horas após a consulta, e as medicações usadas para isso são muito seguras”, finaliza a médica.

Fonte: Christiane Rolim, médica oftalmologista pediátrica do Sabará Hospital Infantil, em São Paulo (SP)

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