Novo remédio para câncer de mama é incorporado no SUS
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que 66.280 casos novos de tumor maligno nas mamas surgirão em 2022. Em outras palavras, isso significa 43,74 incidências da doença a cada 100 mil mulheres. Nesse cenário delicado da doença, uma boa notícia chega para tentar amenizá-lo. Na última segunda-feira (12), um novo remédio para câncer de mama passou a integrar o Sistema Único de Saúde (SUS).
O medicamento é o Trastuzumabe Entansina, também chamado de TDMI -1. De acordo com orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, usa-se esse remédio no tratamento de monoterapia em pacientes com câncer de mama HER2-positivo. Dessa forma, costuma-se administrá-lo principalmente em duas circunstâncias.
Leia mais: Câncer de mama: sintomas, tipos e tratamentos
Quando o novo remédio para câncer de mama deve ser usado?
A primeira situação é quando a paciente tem o tipo de câncer citado anteriormente em nível metastático ou localmente avançado não ressecável. Além disso, ela deve ter recebido tratamento prévio com trastuzumabe e um taxano. Para esta indicação, ainda a medicação não está liberada pelo SUS.
Já a segunda maneira de administrá-lo é quando a pessoa, após a quimioterapia e/ou cirurgia, apresenta resíduos da doença bem como chances do câncer de mama chegar ao nível metastático. Esta sim será contemplada no SUS.
De acordo com estudos publicados sobre o tema, estima-se que as chances de retorno da doença em pessoas que não usaram TDMI-1 são 50% maiores do que entre aquelas que usaram outros inibidores da proteína HER2.
Em suma, sabe-se que o remédio está disponível no Brasil desde 2014. No entanto, ele passa a ingressar no SUS só neste ano. Isso, de acordo com Michelle Samora, médica oncologista do HCor, é um avanço fundamental para o tratamento do câncer de mama HER2-positivo na rede pública do país.
“É muito importante que se tenha no SUS, quando é comprovado que não conseguiu eliminar o tumor, uma medicação mais potente para aumentar a chance de melhora dessa paciente”, disse a especialista em entrevista ao Viva Bem sobre o assunto.
Referências;