Novo medicamento para Alzheimer pode ser aposta contra doença
Nos últimos dias, a medicina recebeu notícias promissoras sobre um novo medicamento para Alzheimer. Chamado Lecanemab, o fármaco que atua na redução da proteína amiloide no cérebro e apresentou ótimo desempenho no processo. O estudo, que está na terceira fase de testes, freou o declínio cognitivo da doença em 27% até o momento. De acordo com a Biogen e a Eisei, farmacêuticas que produziram o Lecanemab, as duas etapas do ensaio duraram 18 meses e tiveram a participação de 1.795 pessoas com Alzheimer nos estágios iniciais.
Dentre os critérios, a pesquisa mediu seis capacidades cognitivas, como memória, resolução de problemas e cuidados pessoais, com pontuações de 0 a 18. Se o indivíduo possui alto escore, é sinal de declínio cognitivo maior. Ou seja, demência em estágio avançado.
“Como resultado, houve a diminuição desses índices e dos níveis de amiloide no cérebro, os quais foram avaliados periodicamente por meio de tomografia computadorizada. O Lecanemab é um anticorpo monoclonal que se liga seletivamente aos agregados solúveis e tóxicos de beta-amiloide (Aβ) para neutralizá-las e eliminá-las. Dessa forma, o medicamento tem o potencial de retardar a progressão do Alzheimer”, afirma um trecho do comunicado oficial das farmacêuticas.
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Segundo as fabricantes, a expectativa é que o produto receba aprovação da Food and Drug Administration em 2023 para chegar às prateleiras. Contudo, ainda não há previsão de ter o novo medicamento para Alzheimer no Brasil. Para isso, a Anvisa realiza uma avaliação com diversos critérios e, assim, liberar o produto ao mercado.
O novo medicamento para Alzheimer tem efeitos colaterais?
A princípio, o Lecanemab provocou edema cerebral e alguns pontos de sangramento no órgão em menos de 3% dos voluntários. No entanto, esse tipo de efeito colateral é comum entre medicamentos contra a doença de Alzheimer. Além disso, tais sintomas não resultaram em complicações graves, embora exijam acompanhamento médico.
Quem poderá se beneficiar do Lecanemab?
O teste do Lecanemab foi feito em pessoas com níveis leves de demência. Portanto, a proposta do medicamento é garantir mais tempo de autonomia para viver, tomar decisões e aproveitar a vida com o mínimo de intervenção dos sintomas. Apesar dos benefícios, ainda não há como saber por quanto tempo dura eficácia do medicamento. Resta aguardar a última fase da pesquisa e as possíveis descobertas sobre a novidade.