O que é uma pessoa neurodivergente? Importância da inclusão

Bem-estar Equilíbrio
09 de Setembro, 2024
O que é uma pessoa neurodivergente? Importância da inclusão

Não existe uma única forma “correta” de ser ou de pensar, sabia? O cérebro humano é único e, por isso, cada um possui suas particularidades: trata-se da neurodiversidade, termo que vem sendo cada vez mais utilizado para designar as diferenças neurológicas presentes em certos grupos de pessoas. Saiba mais a seguir:

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Neurodiversidade: o que o termo significa?

O conceito de neurodiversidade refere-se à diversidade natural entre os cérebros humanos. Ele parte do princípio de que variações neurológicas, como o autismo, o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e a dislexia, são formas naturais de variação cognitiva, e não necessariamente “doenças” que precisam ser curadas.

A neurodiversidade defende que todas essas questões fazem parte da natureza humana, assim como as diferenças de gênero, altura ou cor de cabelo, e que todas as pessoas devem ser respeitadas e incluídas, independentemente de como seus cérebros funcionam.

Pessoas neurotípicas e pessoas neurodivergentes

Quando falamos de neurodiversidade, dois termos se destacam: neurotípico e neurodivergente. Eles ajudam a explicar o funcionamento do cérebro em duas situações:

  • Pessoa neurotípica: alguém cujo cérebro funciona de maneira “típica”, ou seja, de acordo com as normas e expectativas da sociedade em termos de cognição, comportamento e socialização. A maioria da população é considerada neurotípica;
  • Pessoa neurodivergente: refere-se a indivíduos cujos cérebros funcionam de maneira diferente do padrão neurotípico. Pessoas neurodivergentes podem ter condições como autismo, TDAH, dislexia, entre outras.

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Exemplos de neurodivergências

1 – Autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que afeta a comunicação e a interação. Indivíduos com o transtorno podem ter dificuldades em interpretar pistas sociais e comportamentais, mas muitos também possuem habilidades notáveis em áreas específicas, como matemática ou música. O autismo é um espectro, o que significa que há diferentes graus de intensidade.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), pessoas com TEA frequentemente apresentam outras condições concomitantes, incluindo epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

2 – TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade)

O TDAH é caracterizado pela dificuldade em manter o foco, impulsividade e hiperatividade, atingindo entre 5 e 8% da população mundial.

Pessoas com TDAH podem ter problemas em tarefas que exigem atenção prolongada, mas são frequentemente criativas e pensam de maneira rápida e inovadora.

3 – Dislexia

Já a dislexia afeta a capacidade de leitura e escrita. A condição normalmente envolve dificuldade em reconhecer sons das palavras e na leitura fluente, podendo afetar a aprendizagem.

Neurodiversidade e a importância da inclusão

O conceito de neurodiversidade nos desafia a reavaliar como tratamos indivíduos cujos cérebros funcionam de forma diferente da maioria.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 em cada 160 crianças no mundo apresenta algum grau do espectro autista, o que destaca a importância de políticas públicas voltadas à inclusão. A OMS e o Ministério da Saúde enfatizam a necessidade de adaptação dos sistemas de ensino e trabalho para garantir que pessoas neurodivergentes possam participar plenamente da sociedade.

Empresas ao redor do mundo estão começando a perceber os benefícios da neurodiversidade no ambiente de trabalho. Profissionais neurodivergentes muitas vezes oferecem habilidades únicas, como a resolução de problemas criativos, atenção aos detalhes e inovação.

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E no dia a dia: como apoiar a inclusão da neurodiversidade?

Promover a inclusão e o respeito é um dever de todos nós, e não apenas do governo e das grandes empresas. Na rotina, nós podemos incluir hábitos e combater preconceitos em prol de uma sociedade mais justa e abrangente:

  • Educação: aprender sobre as diferentes formas de neurodivergência é o primeiro passo para quebrar estigmas. Isso ajuda a entender melhor como apoiar pessoas neurodivergentes em suas vidas pessoais e profissionais;
  • Empatia: cada pessoa tem uma maneira única de processar o mundo. Ter empatia significa entender que as necessidades e preferências de alguém podem ser diferentes das suas, e isso é absolutamente normal;
  • Apoio: muitas pessoas neurodivergentes se beneficiam de adaptações simples, como ambientes menos ruidosos ou rotinas claras. Fornecer esse tipo de apoio pode ajudar essas pessoas a alcançarem seu pleno potencial.

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