Musculação pode causar estrias? O que fazer para evitá-las?

O treino de musculação é uma excelente forma de se manter ativo, saudável e ainda aumentar mais a autoestima. Contudo, ao iniciar a rotina de exercícios focados na hipertrofia, algumas pessoas podem notar o surgimento de estrias, pequenas lesões na pele de cor de pele ou avermelhadas, com leve relevo. Mas será que a musculação pode causar estrias? Continue lendo e entenda.

Afinal, musculação pode causar estrias?

Segundo o médico dermatologista Renato Soriane, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, as estrias podem sim ser causadas pela musculação. Elas surgem devido a um rápido aumento do volume muscular que a pele não consegue acompanhar. Assim, a pele sofre com um rompimento das fibras de colágeno e elastina, responsáveis pela sustentação, devido ao estiramento da região.

O rompimento dessas fibras causa sangramento e, assim, formam-se as estrias vermelhas, que, após a cicatrização, adquirem a coloração branca característica. Ou seja, as estrias não são nada mais que cicatrizes.

Contudo, essas alterações aparecem principalmente em esportistas que fazem uso de anabolizantes, já que o crescimento dos músculos se dá de forma ainda mais acelerada. “Em praticantes de musculação, é comum que as estrias ocorram em locais como coxas e bíceps, principalmente se essas regiões possuíam pouca massa magra antes do ganho muscular”, diz o especialista.

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Então, como evitar as estrias sem deixar o treino de lado?

Para continuar a sua jornada saudável sem sofrer com as estrias, é importante ter um treino que tenha o crescimento gradual da musculatura, sem o uso de anabolizantes.

Vale ressaltar que uma pele ressecada é menos elástica, o que favorece o rompimento das fibras de colágeno e elastina, levando à formação de estrias. Por isso, após o banho, é recomendado utilizar um cosmético formulado com ativos hidratantes, como a ureia, óleo de amêndoas, vitamina E e manteiga de karité, como recomenda o Dr. Renato. Por outro lado, a hidratação também deve ser feita de dentro para fora, com uma ingestão adequada de água. 

Mas, para quem já sofre com as estrias, existem algumas estratégias que ajudam a combater as alterações. “As estrias vermelhas, por exemplo, ainda respondem bem ao tratamento tópico, que pode ser realizado com cosméticos específicos formulados com ingredientes como o ácido retinóico e o ácido glicólico. No entanto, essa abordagem não funciona para as estrias brancas, que já estão ‘cicatrizadas’”, afirma o dermatologista.

No caso das estrias brancas, apenas algumas técnicas de estética podem reverter o quadro estimulando a produção de fibras, elastina e colágeno.

Fonte: Dr. Renato Soriani, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e expert em tecnologias dermatológicas.