Mpox: novo nome para varíola dos macacos poderá minimizar estigma
Para reduzir os estigmas em torno da monkeypox ou varíola dos macacos, a OMS começará a utilizar o termo “mpox” para se referir a doença.
A decisão ocorreu após a organização analisar diversas situações depreciativas da enfermidade envolvendo alguns grupos de pessoas. Além disso, a mudança para mpox desvincula a doença do macaco, que não é responsável por transmitir o vírus circulante pelo mundo.
Portanto, a recomendação é que todos os países e veículos se adequem à novidade, embora a palavra monkeypox continue válida. No entanto, a ideia da OMS é extinguir o termo em um ano para que o mpox seja o único. “Isso serve para mitigar as preocupações de especialistas sobre a confusão causada por uma mudança de nome em meio a um surto global”, afirmou a OMS em comunicado oficial.
“A OMS adotará o termo mpox em suas comunicações e incentiva outras pessoas a seguir essas recomendações, para minimizar qualquer impacto negativo contínuo do nome atual e da adoção do novo nome”, concluiu a entidade.
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Como está a situação da mpox no Brasil?
De acordo com o boletim epidemiológico mais recente (informe 114), o Brasil soma 9.998 casos confirmados desde julho, quando o surto começou. Desse total, há 8 vítimas fatais, todas integrantes de grupos de risco, com comorbidades ou imunossuprimidas. Embora o país ainda esteja em uma crise sanitária, que atingiu o ápice em agosto e setembro, o avanço da mpx está em declínio.
Em 25 de outubro, data da oitava morte pelo vírus, o país havia 9.026 ocorrências confirmadas. De lá para cá, houve um aumento quase 1 mil casos, com maior incidência na região Sudeste. Ou seja, um crescimento menor em comparação à curva de julho a primeira quinzena de outubro.
Contudo, é importante continuar se protegendo: sempre lave e aplique álcool em gel nas mãos depois de andar de transporte público ou tocar objetos e pessoas fora de casa. Também evite o contato com pessoas supostamente infectadas para se prevenir.
Segundo a Anvisa, o uso de máscaras é recomendado e voltou a ser obrigatório em alguns estados, aeroportos e aviões, devido às novas infecções por Covid-19. Por fim, caso você suspeite de qualquer sintoma, procure auxílio médico imediatamente para se proteger e preservar outras pessoas.