Monkeypox em grávidas: Brasil teve 17 casos da doença até o momento
Recentemente, o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil registrou 17 casos de monkeypox em grávidas até o momento. De acordo com o documento, duas das gestantes estavam no primeiro trimestre quando contraíram a doença, oito estavam no segundo e seis no último. Assim não se obteve informações apenas de um dos quadros.
Ainda segundo o boletim sobre o assunto, a média de idade das pacientes foi de 27 anos. Já em relação à raça, 41,2% eram brancas e 41,2% eram negras. “A forma de exposição provável é conhecida em seis delas, em que cinco referiram contato com caso suspeito de monkeypox, sendo uma com contato íntimo e duas com contato íntimo com desconhecido”, explica o documento.
Vale ter em mente que, embora a doença aconteça entre gestantes, elas correspondem a uma parcela pequena dos casos da doença.
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Monkeypox em grávidas: então, como protegê-las?
Em entrevista anterior à Vitat, Marcelo Otsuka, infectologista, esclareceu que a prevenção da grávida contra a monkeypox é coletiva. Em outras palavras, “a melhor forma de proteger a gestante é por meio da responsabilidade social das pessoas que têm esse diagnóstico ou têm risco para essa infecção”, reforça o especialista. Assim diante de possíveis sintomas da doença, a pessoa contaminada deve se isolar para que ela não venha levar a enfermidade à mulher que está gestando.
Além disso, é indicado que grávidas mantenham o uso de máscara e usem preservativo em todos os tipos de relação sexual (oral, vaginal e anal). Isso porque a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente. Inclusive, se a parceira sexual apresentar alguma lesão na área genital, a gestante deve-se manter afastada.
Dessa forma, diante de qualquer sintoma relacionado à varíola dos macacos, recomenda-se que a grávida procure por assistência médica. Os principais indícios da doença são:
- Febre;
- Dor no corpo;
- Dor de cabeça;
- Dor nas costas;
- Aumento dos linfonodos;
- Lesões na pele.
Fonte:
- Dr. Marcelo Otsuka, infectologista, vice-presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) e membro dos Departamentos de Imunizações e Pediatria Legal da SPSP.;
Referência: