Medicamento para doenças autoimunes chega ao Brasil em 2023
Uma boa notícia para quem convive com algumas condições autoimunes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um medicamento para doenças autoimunes que pode melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas.
Chamado infliximabe, o fármaco integra o tratamento de 8 enfermidades autoimunes, segundo a Celltrion, Inc., fabricante da solução.
A primeira versão do medicamento foi aprovada em 2013 e se chamava infliximabe biossimilar. De acordo com a Celltrion, o fármaco foi o primeiro biossimilar de anticorpo monoclonal do mundo aprovado pela European Medicines Agency (EMA). Desde então, foi aprovado para uso em mais de 98 países.
Veja também: Afinal, por que a pele descama depois de tomar sol?
Para quais doenças a novidade se aplica?
O Brasil receberá a injeção subcutânea do medicamento para doenças autoimunes (infliximabe SC) com 120 mg por dose. A administração deverá ser quinzenal, segundo comunicado da filial brasileira da biofarmacêutica.
Ainda não há informações se a novidade estará disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) ou apenas na rede privada. Em contrapartida, o produto poderá beneficiar pacientes que convivem com:
- Artrite reumatoide.
- Espondilite anquilosante.
- Artrite psoriásica.
- Psoríase em placa.
- Doença de Crohn, incluindo a do tipo fistulizante.
- Por fim, colite ou retocolite ulcerativa.
O que são doenças autoimunes?
São enfermidades que têm como principal característica uma deficiência no sistema imunológico. Ou seja, o próprio sistema, que é responsável pelas defesas do nosso corpo e protege contra doenças variadas, ataca diferentes células do organismo.
Como resultado, esta condição se manifesta de variadas formas — inflamações no trato intestinal, como a doença de Crohn; irritações severas na pele, como a psoríase, entre outras.
A princípio, não há uma causa que determine o surgimento desse tipo de “bug” no sistema imunológica. Contudo, alguns fatores de risco, como gênero, histórico familiar e exposição a substâncias nocivas podem contribuir para certas doenças autoimunes.