Medicamento teste contra Alzheimer tem resultado promissor

Saúde
04 de Maio, 2023
Medicamento teste contra Alzheimer tem resultado promissor

Um medicamento experimental para o combate ao Alzheimer apresentou resultados promissores durante testes em estágios avançados. A droga donanemab, desenvolvida pela farmacêutica Eli Lilly, foi capaz de diminuir o declínio cognitivo de pacientes com a condição em até 35%. Contudo, o tratamento também trouxe riscos e prejuízos para o cérebro em alguns casos.

Como funcionou o estudo

Para os testes, os pesquisadores selecionaram:

  • 1.182 pacientes que receberam o diagnóstico de estágio inicial do Alzheimer e tinham depósitos de beta-amiloide e níveis intermediários de tau no cérebro. As duas proteínas estão relacionadas à progressão da doença e à morte das células cerebrais;
  • 552 pacientes com altos níveis de tau no cérebro.

Eles também usaram como base a Escala de Avaliação Clínica de Demência (CDR-SB), já bastante conhecida entre a comunidade científica.

Assim, a droga donanemab foi capaz de retardar a progressão da condição em 35% a 36%, em comparação com um placebo, nas pessoas do primeiro grupo. Quando combinados os dois grupos, esse número chegou a 22% de acordo com a escala da própria fabricante, e a 29% com base na CDR-SB.

Os cientistas disseram que as conclusões estavam praticamente no mesmo nível do lecanemab, outro medicamento que reduziu em 27% o declínio cognitivo de pacientes com Alzheimer durante testes. A droga é da Eisai Co Ltd e da Biogen Inc e comercializada sob a marca Leqembi.

A Eli Lilly afirmou que planeja entrar com pedido de aprovação da substância nos Estados Unidos até o final de junho e com reguladores de outros países em seguida. A empresa também diz que 47% dos pacientes não tiveram progressão da doença em 12 meses, em comparação com 29% do grupo placebo.

Leia também: Câncer de mama tem novo fator de risco. Saiba qual é!

Poréns do novo medicamento contra Alzheimer

Contudo, assim como aconteceu com compostos parecidos, a droga trouxe efeitos colaterais em alguns indivíduos. O inchaço cerebral, por exemplo, acometeu 24% dos participantes, com 6,1% manifestando sintomas. A incidência de casos graves de inchaço chegou a 1,6%.

Além disso, houve hemorragia cerebral em 31,4% do grupo donanemab e em 13,6% do grupo placebo.

“Existem riscos na medicina, mas acho que quando você vê esses resultados no contexto de uma doença fatal com risco de vida, eles são bastante significativos”, afirmou a executiva Anne White, da Lilly Neuroscience, à Reuteurs.

Sobre o autor

Redação
Todos os textos assinados pela nossa equipe editorial, nutricional e de profissionais de Educação Física.

Leia também:

chás para desintoxicar o fígado
Alimentação Bem-estar Saúde

Como desintoxicar o fígado? Veja 5 melhores opções de chá

Confira as opções de bebidas quentes que trazem benefícios para a saúde hepática

homem sentado na cama, ao lado da cabeceira, com as mãos na cabeça, tendo dificuldade para dormir
Bem-estar Saúde Sono

Problemas para dormir? Estudo relaciona a qualidade do sono com condições crônicas

A irregularidade do sono está diretamente relacionada ao risco aumentado de doenças crônicas, como obesidade.

bruxismo
Saúde

Bruxismo: será que você tem? Veja principais tratamentos

Bruxismo, o ato involuntário de ranger os dentes, pode afetar até quem não imagina conviver com ele. Veja como descobrir se é o seu caso