JN.1: nova subvariante da Covid-19 circula no Brasil

Saúde
07 de Dezembro, 2023
JN.1: nova subvariante da Covid-19 circula no Brasil

Uma nova subvariante da Covid-19 preocupa entidades médicas brasileiras. O aumento de casos de pessoas infectadas com a JN.1 fez com que o Ministério da Saúde recomendasse, nessa quarta-feira (6/12), que as pessoas com mais de 60 anos e as imunossuprimidas tomem uma nova dose de reforço da vacina bivalente para aumentar a imunidade. Entenda mais sobre a nova cepa.

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O que é a JN.1?

A subvariante JN.1 foi identificada pela primeira vez no Brasil em novembro deste ano, junto com o aumento de casos de Covid-19 no Ceará, sobretudo na capital Fortaleza. Exames de sequenciamento genômico mostram que 80% das amostras do vírus coletadas em testes no estado são dessa cepa.

Além do Brasil, o vírus já circula em países como Estados Unidos, Islândia, Portugal, Espanha e Holanda, e corresponde a 3,2% dos registros em todo o mundo. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora o seu crescimento, classificando-a “sob investigação” deste setembro.

A JN.1 é descendente da variante Pirola (BA.2.86) e tem uma mutação adicional na proteína spike, usada pelo vírus para se ligar às células humanas. De acordo com pesquisas, a Pirola pode ser mais transmissível do que as variantes anteriores. Então, o aumento de casos em outros países indica que o mesmo possa ocorrer com a JN.1, mas ainda faltam estudos para confirmar este dado.

Sintomas

Por enquanto, os dados disponíveis não sugerem que a JN.1 cause sintomas diferentes dos provocados pelas variantes anteriores ou seja responsável por quadros graves. De acordo com um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, os sintomas podem incluir:

  • Febre ou calafrios;
  • Tosse;
  • Falta de ar ou dificuldade em respirar;
  • Fadiga;
  • Dores musculares ou no corpo;
  • Dor de cabeça;
  • Nova perda de paladar ou olfato;
  • Dor de garganta;
  • Congestão ou coriza;
  • Náusea ou vômito e diarreia.

Como se proteger da JN.1?

Assim como foi recomendado durante toda a pandemia da Covid-19, para evitar os casos graves da doença é fundamental estar com a vacinação em dia. Além disso, seguir medidas não-farmacológicas, como o uso de máscaras em locais fechados e higienização correta das mãos.

O uso de máscaras, por exemplo, é indispensável para pessoas com sintomas gripais. E, por fim, seguir o isolamento domiciliar de sete dias para os indivíduos com teste positivo para a Covid-19, podendo ser reduzido para cinco dias caso o paciente esteja sem febre nas últimas 24 horas.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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