Jandira Martini morre por câncer de pulmão aos 78 anos. Entenda a doença
A atriz Jandira Martini faleceu na noite de segunda-feira, 29/01, em São Paulo, após uma batalha contra o câncer de pulmão. Com uma longa carreira, a atriz colecionava papéis de sucesso nas novelas ‘O Clone’ e ‘Salve Jorge’, da Rede Globo. A informação foi revelada por seu amigo e também ator, Marcos Caruso, nas redes sociais:
“Jandira Martini, minha maior amiga e prova de que os opostos se atraem e se completam. Juntos escrevemos peças, roteiros de cinema, séries e novelas. Minha grande confidente, conselheira e responsável pelas minhas maiores gargalhadas. Minha mestra. Sabe quando você passa pela escola na qual você estudou e vê que o prédio foi demolido? Assim me sinto com a sua partida”, escreveu Marcos.
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Além de Jandira Martini, outras personalidades famosas também enfrentaram a doença, como Rita Lee, Glória Maria e Aracy Balabanian. Saiba mais sobre a doença a seguir!
Afinal, o que causa câncer de pulmão?
O câncer de pulmão é um dos tipos mais prevalentes no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, a enfermidade mata mais de 30 mil pessoas por ano. A principal causa desse tumor, no entanto, é evitável, já que o tabagismo é responsável por 90% dos casos em média.
Por isso, fumar ou se expor passivamente ao tabaco são fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Por outro lado, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), além do tabagismo, outras causas também favorecem o surgimento do câncer de pulmão, tais como:
- Exposição à poluição do ar;
- Infecções pulmonares de repetição;
- Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica);
- Fatores genéticos e história familiar;
- Idade avançada, já que a maior parte dos casos afeta pessoas entre 50 e 70 anos;
- Exposição ocupacional à agentes químicos ou físicos (asbesto, sílica, urânio, cromo, agentes alquilantes, radônio, entre outros).
Tumor silencioso
Geralmente a enfermidade é assintomática em seu estágio inicial. Inclusive, essa característica do tumor dificulta o diagnóstico precoce e pode reduzir as chances de cura, já que o tratamento costuma ser tardio.
Porém, conforme a doença vai progredindo, o corpo dá alguns sinais de alerta. Dessa forma, são comuns sintomas como tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, rouquidão, piora da falta de ar, perda de peso e de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, cansaço ou fraqueza.
Além disso, nos fumantes, o ritmo habitual da tosse muda e aparecem crises em horários incomuns. Por isso, ao perceber algum desses sintomas pela primeira vez, o ideal é procurar um médico imediatamente. Afinal, quanto antes a descoberta ocorrer, as chances de cura são maiores.
Tratamento
Atualmente, as principais dificuldades dos tratamentos anticâncer incluem a crescente resistência dos tumores às drogas e a heterogeneidade do tumor. É necessário levar em conta que cada paciente é único, cada tumor é único e as respostas de tratamento também devem ser assim consideradas.
Alguns tumores mostram-se resistentes a certos medicamentos e saber previamente quais terapias são mais eficazes para cada caso particular contribui para a tomada de decisão dos médicos oncologistas.
De maneira geral, o tratamento depende da localização, tamanho, estágio, natureza e se a doença se disseminou para outros locais. Para os pacientes cujo câncer está apenas no pulmão, por exemplo, o tratamento é cirúrgico, seguido ou não de quimioterapia e/ou radioterapia.
Como prevenir?
A melhor estratégia para prevenir ou evitar o câncer de pulmão é não fumar e evitar a exposição passiva à fumaça do cigarro. “Embora existam métodos muito eficazes, a cessação do tabagismo ainda é a melhor maneira para prevenir um câncer. Pacientes ex-fumantes têm entre 20% e 90% menos chance de desenvolver um tumor. E caso desenvolvam, podem ter um resultado mais eficaz do que aqueles que seguem com o hábito”, diz o oncologista clínico do Hcor, Roberto Abramoff.
No entanto, além disso, é importante manter os exames de rotina em dia. Especialmente, pacientes com idade acima de 50 anos e que possuem o hábito de fumar devem fazer tomografia anualmente. Esse acompanhamento permite que o câncer seja identificado de forma precoce, dando início ao tratamento.
Fonte: Roberto Abramoff, oncologista clínico do Hcor.