5 dicas para iniciar a introdução alimentar em crianças com Síndrome de Down

Alimentação Gravidez e maternidade Saúde
24 de Março, 2023
5 dicas para iniciar a introdução alimentar em crianças com Síndrome de Down

A fase da introdução alimentar é um período de descobertas de novos sabores, gostos e texturas para os pequenos. Contudo, crianças com Síndrome de Down podem precisar de alguns cuidados específicos para finalmente abandonar o aleitamento materno e começar a introduzir alimentos na sua rotina. A seguir, confira 5 dicas para incorporar alimentos na rotina do seu filho. 

Veja também: Método BLW: Como aplicá-lo na introdução alimentar dos bebês

Introdução alimentar para crianças com Síndrome de Down

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com o Ministério da Saúde (MS), o processo de introdução alimentar deve ser feito após 6 meses de vida. Porém, uma das características da Síndrome de Down é a hipotonia muscular, condição que causa a diminuição de tônus muscular, o que pode comprometer a mastigação e deglutição. Ou seja, essa condição faz com que os bebês nasçam com uma frouxidão nos ligamentos, e com isso, o bebê tende a apresentar uma postura mais relaxada.

Por isso, os pais precisam oferecer apoio para que os pequenos passem por essa fase da melhor forma. A seguir, confira algumas dicas da nutricionista Juliana Wood.

1. O que deve compor a introdução alimentos 

Antes de começar a dar alimentos para o bebê, é importante saber que a alimentação equilibrada deve estar presente na rotina da mãe desde a gravidez, e que o aleitamento materno exclusivo deve ser a única forma de alimentação do bebê nos primeiros seis meses de vida. A partir de então, a priorização da chamada comida de verdade é de grande importância, não só nesse momento, como nos primeiros 1 mil dias da criança.

Portanto, invista em alimentos como arroz, feijão, legumes, carnes e frutas. Além disso, todos os bebês, não apenas aqueles com síndrome de Down, devem receber alimentos naturais, sem aditivos e conservantes quando começarem a pluralizar a alimentação.

2. Relação entre obesidade e síndrome de Down

Apesar da priorização dos alimentos saudáveis serem de suma importância para todas as crianças em fase de introdução alimentar, esse cuidado é ainda mais importante para bebês com síndrome de Down. O zelo é justificado pelo fato de que há uma tendência ao excesso de peso em indivíduos com a síndrome.

Por isso, aposte em refeições fracionadas ao longo do dia para evitar exageros. Ao oferecer quaisquer alimentos, lembre-se de estimular a mastigação da criança e incentivar a ingestão de alimentos de uma maneira não tão apressada.

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3. Introdução alimentar multidisciplinar

O processo de introdução alimentar de um bebê com síndrome de Down deve ter um acompanhamento médico multidisciplinar. Isso porque um nutricionista, junto com um fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional garantirão um bom desenvolvimento de quem tem síndrome de Down.

Dessa forma, o profissional em nutrição garante uma alimentação saudável logo na introdução alimentar, promovendo saúde, favorecendo a qualidade de vida e evitando o surgimento de outras complicações como a obesidade. Já o fonoaudiólogo estimulará a motricidade oral e a deglutição. Por fim, o terapeuta ocupacional auxiliará no desenvolvimento da motricidade fina, uma vez que a maioria dos portadores da síndrome de Down possui hipotonia generalizada e atraso no desenvolvimento psicomotor.

4. Mordedores são aliados das crianças cm Down

Como os bebês com síndrome de Down apresentam dificuldades na deglutição, é necessário fortalecer a musculatura da região através da mordida. Inclusive, já no processo da amamentação o bebê já está fazendo os seus primeiros exercícios, que devem ser estimulados pelos pais. De forma semelhante, os mordedores também são úteis, pois auxiliam no vedamento labial, na força da mordida e na postura da língua para deglutição.

5. Quando a suplementação é necessária

Segundo os especialistas, a deficiência de minerais e vitaminas em pessoas com Down tem sido identificada em diversos estudos clínicos, como explica a nutricionista. Portanto, os suplementos de zinco e o selênio, por exemplo, podem auxiliar na prevenção de infecções, problemas na tireoide e fortalecimento do sistema imunológico.

Porém, apenas exames médicos podem comprovar a real necessidade da prescrição de suplementos. Além disso, a suplementação pode ser evitada com uma alimentação equilibrada e rica em vitaminas e substâncias antioxidantes. Nesse sentido, vale ressaltar que o organismo das pessoas com síndrome de Down sofre mais com a ação de oxidantes. Portanto, essa condição causa envelhecimento acelerado das células que reforçam o sistema imunológico.

Fonte: Juliana Wood, nutricionista da Sami.

 

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