A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e tem como objetivo controlar o nível de glicose (açúcar) no sangue, além de fornecer energia ao organismo. Por essa razão, é aplicada em forma de medicamento, quando necessária. Mas, você sabia que existem diferentes tipos de insulina? Neste conteúdo, falaremos sobre a insulina basal, que é importantíssima para o equilíbrio do nosso organismo.
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Quando ouvimos o termo insulina, é comum pensarmos que o corpo produz apenas um tipo do hormônio. Na verdade, existem duas versões da insulina, cada qual uma função diferente. São elas:
Basicamente, ela é responsável por manter os níveis de glicose no sangue em jejum dentro da normalidade. Ou seja, a insulina basal ajuda a controlar a glicemia ao longo do dia e da noite, fornecendo uma base para o controle da glicose no sangue.
É diferente da bolus, que é excretada como resposta à ingestão de alimentos e ajuda a controlar a glicemia pós-prandial (após as refeições).
O aumento do nível de insulina no sangue pode ser o reflexo de diversas condições de saúde, desde resistência até uma produção exagerada. Por exemplo, a insulina atinge os níveis mais altos no sangue quando o corpo produz mais do que o necessário.
Isso pode acontecer por dois motivos, de acordo com Fernanda Bolfi, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional (SP):
De forma isolada, a elevação da insulina basal não causa sintomas. No entanto, se houver aumento da insulina causado pelo aumento da glicemia, pode levar a ganho de peso, fome constante, agitação e cansaço. Por outro lado, se a elevação da insulina não está relacionada ao aumento da glicemia, pode ocorrer hipoglicemia.
A queda na quantidade de insulina basal está associada à redução da sua produção pelo pâncreas. Portanto, os sintomas serão os da hiperglicemia. São eles: sede, vontade de urinar com mais frequência, visão turva, perda de peso, fadiga, entre outros.
Para descobrir os níveis de insulina basal no organismo, é necessário realizar um exame de sangue. Todavia, a dosagem isolada da insulina não deve ser considerada. Ou seja, a análise deve ser feita dentro de um contexto clínico e de acordo com os valores de glicose, principalmente no diagnóstico de doenças como o diabetes.
Dessa forma, a recomendação antes da coleta é estar em jejum de 8 horas (não mais do que 14 horas) e não ter realizado esforço físico. Os valores de referência da insulina basal (em jejum) são de 2 a 13 mU/L.
Quando falamos em tratamento para o diabetes, a indicação de aplicar insulina basal depende do tipo da doença. Dessa forma, pessoas com diabetes tipo 1 precisam tanto dela quanto da bolus. Entretanto, o tratamento do diabetes tipo 2 é variável.
Em alguns casos, por exemplo, pacientes com a condição só precisam de injeções de insulina basal, já que o pâncreas ainda fornece insulina necessária para as refeições. Dessa forma, uma aplicação diária, antes de dormir, costuma ser suficiente.
Entretanto, outras pessoas necessitam de insulina basal e bolus, com objetivo de controlar a glicemia em diferentes momentos do dia. Por fim, algumas pessoas não precisam de injeções de insulina.
Fonte: Fernanda Bolfi, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP.
Referências: Liga interdisciplinar de Diabetes (UFRGS e Hospital de Clínicas de Porto Alegre).