Importância da vacina para Covid: 63 mil idosos foram salvos em 2021
A nova alta de casos de Covid-19 está preocupando especialistas e o sistema de saúde. O motivo para o aumento das ocorrências pode estar relacionado às novas subvariantes da BQ.1, da Ômicron. São mutações do vírus mais resistentes à resposta imunológica, o que eleva o risco de transmissão. Dessa forma, a importância da vacina contra o Covid-19 permanece para minimizar as chances de se infectar e passar a doença adiante.
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Qual a importância da vacina no cenário da pandemia?
A vacinação é uma prática essencial em qualquer contexto, pois previne o retorno de doenças já erradicadas. Quanto mais pessoas se vacinam — de crianças a idosos — melhor se torna a imunidade coletiva.
Ou seja, o alto índice de proteção de uma comunidade dificulta a disseminação de enfermidades. Tal mecanismo se aplica ao Covid-19 e diversos estudos comprovam e reforçam o papel da vacinação nesse sentido.
Uma avaliação recente da Fiocruz em parceria com a UNESP, Unicamp, USP, UFABC e Observatório COVID-19 BR reiterou a importância da vacina contra o Covid-19. Disponível no The Lancet Regional Health, a pesquisa mostra que a imunização salvou de 54 a 63 mil idosos e evitou até 178 mil internações decorrentes da enfermidade.
Critérios da pesquisa
O alvo do levantamento foram pessoas idosas com 60 anos ou mais. Para investigar a eficácia da vacina nessa faixa etária, os cientistas estudaram os meses de janeiro a agosto de 2021, período inicial da vacinação no Brasil. Além disso, observaram os indivíduos que completaram o esquema vacinal.
Logo depois, fizeram um comparativo entre a população que foi hospitalizada ou morreu sem receber o imunizante com o grupo dos idosos vacinados. Como resultado, notaram o trabalho da vacina em prevenir complicações e óbitos.
Outro achado foi o impacto financeiro. Com a aderência da vacinação nessa faixa etária, os pesquisadores estimaram que o país economizou entre US$ 1,9 bilhão a US$2,1 bilhões com internações e cuidados.
Por fim, o artigo científico sugere que se houvesse antecipação e mais rigor no calendário vacinal, mais pessoas teriam sobrevivido. No Brasil, o programa de imunização contra a Covid começou em janeiro de 2021, sob um esquema gradual de aplicação: 250 mil doses por dia entre fevereiro e março. Já o pico da imunização aconteceu em junho, com 1 milhão de doses por dia.
Quantas outras vidas teriam sido salvas?
Contudo, se houvesse mais agilidade e intensidade no calendário de imunização, os pesquisadores creem que o número de idosos mortos seria reduzido em até 50% em comparação ao pico de mortes pela doença. De acordo com o estudo, isso representa 47 mil pessoas que poderiam estar vivas.
Por esse e outros motivos, é fundamental manter as vacinas em dia. Principalmente os grupos de risco, que envolvem crianças, idosos, pessoas imunossuprimidas ou com comorbidades. Para atualizar as doses, basta se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) com carteira de identidade e último comprovante de vacinação contra a Covid-19, caso tenha.
Além de se vacinar, o uso de máscaras voltou a ser recomendado em locais fechados e com aglomeração. A higiene frequente das mãos com álcool em gel permanece aliada da prevenção.