Hábitos para reduzir risco de demência em pessoas com diabetes

Saúde
27 de Outubro, 2022
Hábitos para reduzir risco de demência em pessoas com diabetes

Adotar sete hábitos saudáveis – incluindo os mais óbvios como dieta e atividade física, e outros nem tanto, como sono e vida social – ajuda a reduzir o risco de desenvolver demência em portadores de diabetes tipo 2, de acordo com um estudo recém-publicado na revista “Neurology”, da Academia Americana de Neurologia.

Primeiramente, a pesquisa avaliou uma base de dados britânica e acompanhou quase 170 mil sexagenários com e sem diabetes ao longo de 12 anos. A ideia era investigar se uma combinação de práticas poderia reduzir o risco de desenvolver demência mais tarde.

Sete hábitos para reduzir risco de demência

Para isso, além de avaliar questionários e exames, os pesquisadores também estabeleceram pontuações de acordo com sete fatores. São eles: tabagismo, consumo moderado de álcool (para mulheres, um drinque ao dia; para homens, até dois), atividade física regular (2,5 horas de moderada, por semana, ou 75 minutos de vigorosa) e entre sete e nove horas de sono por noite.

Além disso, foram investigados a alimentação (consumo de frutas, vegetais, peixe e pouca quantidade de processados), o nível de sedentarismo (como assistir TV por mais de 4 horas por dia) e contato social frequente (encontrar família e amigos e/ou participar de eventos sociais pelo menos uma vez por semana).

Leia também: Risco de demência pode ser reduzido com quantidade de passos diários, segundo estudo

Resultados

De modo geral, pessoas com diabetes tiveram um risco maior de desenvolver demência do que os que não possuem a doença. Assim, mesmo seguindo todos os hábitos saudáveis, eles tiveram 74% mais chance de declínio mental.

Entre os pacientes com diabetes que adotavam até duas práticas, o risco foi quatro vezes maior do que entre os que não seguiam a cartilha saudável à risca. Por outro lado, os portadores da doença com uma vida saudável em todos os aspectos tiveram um risco 54% menor de desenvolver demência.

“Embora a demência não esteja entre as complicações clássicas do diabetes, sabe-se que esses pacientes têm mais chance de desenvolver a doença”, diz a endocrinologista Adriana Fernandes, do Hospital Israelita Albert Einstein.

“Adotar hábitos saudáveis para evitar a perda cognitiva é importante para qualquer pessoa”, continua. “Mas parece que no diabético o impacto é ainda maior”.

O diabetes tipo 2 é uma verdadeira epidemia e afeta cerca de 10% dos adultos no mundo. Esses pacientes já são orientados sobre a necessidade da dieta e da atividade física, entre outros. Tudo isso para manter a doença sob controle e evitar as complicações bem conhecidas, por exemplo problemas cardiovasculares e danos aos rins e retina. “Agora a pesquisa também ressaltou a importância do sono, que costuma ser negligenciado”, alerta a médica.

Fonte: Agência Einstein

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