Você tem glúteo ou quadríceps dominante? Como corrigir desequilíbrios
Você se esforça no treino de bumbum, mas sente que as pernas se desenvolvem com muito mais facilidade e com bem menos empenho (ou o contrário)? Você não é o único a passar por isso. Nas redes sociais, inclusive, vídeos falando sobre o assunto têm viralizado bastante. Neles, o internauta afirma ter glúteo (ou quadríceps) dominante.
As postagens geralmente são em tom de brincadeira e mostram o antes e depois da pessoa. É possível perceber, então, que uma das musculaturas aumentou bastante, enquanto a outra nem tanto.
Deixando o humor de lado, esse “problema” é realmente verdadeiro, comprovado cientificamente e pode afetar algumas pessoas. De acordo com Luciano Marotto, coordenador e professor do curso de Educação Física da Estácio, ter o glúteo ou o quadríceps dominante envolve diversos fatores. Entre eles, estão a individualidade biológica, ou seja, características específicas do seu corpo; e a metodologia do treinamento, isto é, a escolha dos exercícios, que podem ativar mais ou menos certas estruturas.
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Glúteo ou quadríceps: como desenvolver a região “menos dominante”?
A primeira e principal dica de Luciano Marotto é contar com o acompanhamento de um profissional de Educação Física. Afinal, o assunto engloba questões complexas e bastante particulares, o que exige que cada sessão seja montada pensando especificamente no funcionamento do seu organismo.
Além disso, o especialista afirma que é interessante que o treino contemple tanto os chamados exercícios de cadeia cinética fechada quanto os exercícios de cadeia cinética aberta. Os nomes parecem complicados para você? Veja as diferenças entre eles:
- Exercícios de cadeia cinética fechada: dependem da ativação de mais de um músculo (ou grupos de músculos) para a execução do movimento. Um bom exemplo é o agachamento livre, que pede ainda uma boa consciência corporal;
- Exercícios de cadeia cinética aberta: solicitam um músculo ou um grupo muscular específico para a sua realização. Por exemplo, a cadeira extensora, que trabalha bastante a parte da frente da coxa (quadríceps).
Por fim, Luciano lembra que a forma correta de fazer os exercícios, a sequência que eles estão dispostos no treino e as quantidades de séries e repetições fazem diferença. Também, a hipertrofia requer pilares que vão além do treinamento – como a nutrição adequada e a recuperação efetiva (por meio de um sono de qualidade).
Fonte: Luciano Marotto, coordenador e professor do curso de Educação Física da Estácio.