Fiorella Mattheis revela múltiplos abortos espontâneos; quais as causas?
A atriz e empresária Fiorella Mattheis fez um relato comovente sobre as inúmeras tentativas de ser mãe. Grávida de seu primeiro filho, a atriz enfrentou uma jornada muito difícil antes de realizar o sonho da maternidade.
“Tenho muita facilidade para engravidar. Em oito meses eu engravidei cinco vezes. A segunda tentativa foi [gravidez] tubária. Peguei Covid-19 e não conseguia voltar”, contou Fiorella ao podcast Mil e Uma Tretas. Na ocasião, a artista alega que conversou com diversas mulheres que “engravidam e não seguram”.
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Quais são as causas de tantos abortos, como o caso de Fiorella Mattheis?
Na situação de Fiorella Mattheis, não há como saber o exato motivo pelo qual a atriz teve diversos abortos de repetição. Durante o podcast, a atriz compartilhou que a saga começou depois de retirar o DIU após anos de uso do contraceptivo. “Ano passado tirei o DIU e engravidei muito rápido, mas foi uma gravidez química”, disse.
O que é uma gravidez química?
A condição ocorre quando há alta concentração do hormônio hCG, que é produzido quando o espermatozoide fecunda o óvulo e tenta se instalar no endométrio. No entanto, por motivos muitas vezes desconhecidos, o corpo expele o óvulo e, como resultado, o hCG volta a cair.
Então, é comum que a mulher faça o teste de gravidez e acuse positivo. Porém, ao realizar um novo teste depois um tempo, o resultado dá negativo. Isso acontece com o aborto espontâneo, que na maioria dos casos sequer é perceptível pela mulher.
Aborto de repetição
Além da gravidez química, existem outras razões para o quadro dos abortos de repetição. A princípio, há três fatores principais, responsáveis pela perda gestacional. Por exemplo:
- Malformação do óvulo (ovopatia): nesse quadro, o embrião é alterado geneticamente. Geralmente isso ocorre quando a mulher possui idade mais avançada — o risco é maior a partir dos 38 anos.
- Enfermidades do útero: a sinéquia e a endometrite podem favorecer o aborto de repetição.
- Trombofilia: ou seja, quando a mulher produz microcoágulos que entopem a circulação dentro do útero.
As linhas de cuidado dependem do diagnóstico. Portanto, é importante avaliar os fatores responsáveis pelos abortos sucessivos. Então, se o problema estiver relacionado a sinéquias uterinas — cicatrizes únicas ou múltiplas capazes de comprometer as funções do útero — o tratamento pode exigir cirurgia, como a histeroscopia.
Por fim, em caso de mulheres que não estão mais em idade fértil, a fertilização in vitro com estudo genético pode ser uma opção para reduzir o risco de aborto.