Febre amarela em SP: estado regista primeira morte em 2024
O estado de SP registrou a primeira morte por febre amarela neste ano. A vítima era um homem de 50 anos, morador de Águas de Lindóia, no interior paulista, que frequentava também a região de Monte Sião, em Minas Gerais. Ele foi a óbito no dia 29 de março.
Além disso, a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo também registrou um segundo possível caso da doença, em Serra Negra (a cerca de 20 quilômetros de Águas de Lindóia), que está sendo investigado. No entanto, neste caso o paciente teve alta hospitalar. Por isso, a pasta intensificou as ações de vigilância em saúde e reforçou a campanha de vacinação na região.
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Febre amarela em SP
De acordo com os dados mais recentes, a cobertura vacinal contra a febre amarela em SP é de 68,47%. O último surto da doença no Sudeste do país ocorreu entre 2016 e 2019. Em geral, os maiores casos ocorrem na região amazônica.
Em 2017, só o estado de São Paulo registrou 103 casos. Porém, no ano seguinte, o número saltou para 524 doentes. Em 2019, regrediu para 69 casos. O vírus da febre amarela é transmitido no Brasil por mosquitos silvestres, que circulam apenas em regiões de mata. Desde 1942 não há registro de transmissão pelo mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue e da zika, que circula nas cidades.
Como funciona a vacina?
A vacina contra a febre amarela faz parte do calendário de imunização no Brasil. Assim, o esquema é de apenas uma dose durante toda a vida para pessoas entre 9 meses e 59 anos de idade. Porém, quem tem 60 anos ou mais precisa de liberação de um profissional de saúde —o mesmo vale para gestantes.
“A vacina da febre amarela tem um período de dez dias para criar anticorpos. Desta forma, quem for viajar para zona de mata, acampamentos, trilhas, cachoeiras, é de suma importância que se imunizem o quanto antes”, afirma a coordenadora da Vigilância em Saúde da secretaria, Regiane de Paula.
A febre amarela costuma circular por populações de primatas nas florestas. A transmissão entre os macacos acontece quando um animal já infectado é picado por mosquitos silvestres, como o Sabethes e o Haemagogus. O inseto, então, passa o vírus da doença aos próximos macacos que picar — ou para seres humanos.