Fake news: arroz contaminado vindo do Paquistão é mentira
Precisamos ter muito cuidado com os conteúdos que recebemos nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens. Isso porque apesar de essas ferramentas facilitarem as nossas vidas em inúmeros sentidos, muita gente as utiliza para fins nada legais, e acaba espalhando desinformação de maneira maldosa. É o caso, por exemplo, da fake news do arroz contaminado.
A mensagem falsa não é nova — circula desde 2017 em diversos países e idiomas. Ela diz que um carregamento de arroz vindo do Paquistão estaria contaminado com um vírus altamente letal. Além disso, os fornecedores teriam conseguido burlar a alfândega, e o produto da marca Dana já estaria sendo comercializado em alguns estados brasileiros. Confira o texto na íntegra:
“Um amigo que trabalha na alfândega me disse que chegou um carregamento de arroz e que não passou no regulamento de saúde porque traz um vírus que só é visto no Paquistão. O arroz é de lá e o árabe pagou e subornou para conseguir a mercadoria e já distribuíram. O arroz se chama ‘Dana’, a embalagem é azul e diz ser feito no Paquistão. Por favor, não compre, está muito contaminado… Compartilhe essa informação com sua família e outras pessoas. Esse arroz é vendido por lojas.”
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Fake news do arroz contaminado
Pode ficar tranquilo: não é verdade que um carregamento de arroz chegou do Paquistão trazendo um vírus letal.
Isso porque o Brasil não importa esse tipo de alimento do Paquistão, afirmou o Ministério da Agricultura e Pecuária em nota ao G1. “O Brasil não importa arroz do Paquistão. Desta forma, a informação não procede”, disse o órgão. Veja a nota aqui.
Além disso, a Lupa (agência de checagem de informações) também investigou o caso. Ela verificou que, de acordo com a plataforma Comex Stat (que pertence à Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia), este ano o Brasil importou do Paquistão apenas xarope de glicose, produtos de confeitaria, sal, vestuário, tubos de borracha, entre outros produtos — mas não o arroz.
A mesma mensagem já viralizou em outros países, incluindo Colômbia, Bolívia, Panamá, Costa Rica e México.