Fabiana Justus relata sangramento na gravidez: entenda o que pode ser
Recentemente, a influenciadora e empresária Fabiana Justus, filha de Roberto Justus, compartilhou em suas redes sociais que está esperando seu terceiro filho, fruto do seu relacionamento com Bruno Levi D’Ancona. Segundo ela, a gestação, que é a “cereja do bolo” da família, era muito aguardada e planejada pelo casal. Contudo, já no primeiro trimestre, a influenciadora revelou que teve um sangramento volumoso enquanto estava de férias em Miami, nos Estados Unidos. Em um vídeo publicado no Youtube, Fabiana contou com detalhes do susto:
“Eu quase tive um treco. Quando eu olhei na privada, tinha muito sangue. Fiquei desesperada. Estava com dez semanas, fora do país, com um sangramento bizarro. Me limpava e continuava saindo sangue, era bem vivo. Nem tinha absorvente. Pus um monte de papel, calcinha e roupão. Saí na sala e dei de cara com a Paula. Eu estava chorando, tremendo. Ela estava de pijama. Meu pai veio, e eles me levaram ao hospital. Estava sentindo muita cólica”, relatou.
O motivo do sangramento, segundo a influenciadora, foi um hematoma. Contudo, após realizar todos os exames necessários, foi constatado que o bebê está bem e a gestação corre normalmente. Afinal, sangramentos como o de Fabiana são comuns na gravidez? Quando é necessário se preocupar? Continue lendo e entenda.
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Fabiana Justus: principais motivos de sangramento na gestação
O sangramento vaginal no primeiro trimestre de gestação é relativamente comum. Portanto, de acordo com o Colégio Brasileiro de Radiologia e diagnóstico por Imagem, a presença de sangue pode acontecer em aproximadamente 25% das pacientes que sabem que estão grávidas.
Assim, segundo a médica Luciana Delamuta, ginecologista e obstetra em uma entrevista anterior à Vitat, a perda de sangue nos três primeiros meses da gravidez pode ser resultado da própria implantação do embrião. “Geralmente, isso acaba se confundindo até com a menstruação da paciente. Portanto, às vezes, ela pensa que adiantou”, completa a médica.
Além disso, existem outros motivos para ocorrer sangramento durante o primeiro trimestre de gestação. São eles:
Hematoma subcoriônico como o de Fabiana Justus
A especialista cita que pode ocorrer um hematoma subcoriônico. Assim, este é o nome dado para o acúmulo de sangue que se forma atrás do tecido que dará origem à placenta. Portanto, até que ele seja completamente absorvido pelo organismo, a paciente pode apresentar sangramentos ocasionais durante a gestação.
Gestação ectópica
Alerta-se também sobre a possibilidade do sangramento vaginal em decorrência de uma gravidez ectópica, que acomete cerca de 2% das gestações. Portanto, resumidamente, esse é o nome dado para quando o óvulo é fertilizado fora do útero, normalmente nas tubas uterinas. Assim, de acordo com a Dra. Luciana, suspeita-se desse tipo de gravidez quando a paciente passa por um exame de imagem e não há a presença do saco gestacional.
Perda gestacional
A princípio, ainda no primeiro trimestre da gravidez, há também a possibilidade do sangramento vaginal ocorrer em decorrência do abortamento. Assim, a obstetra recomenda que a paciente procure pelo pronto-socorro quando a perda sanguínea é acompanhada de cólicas importantes, que pioram com o decorrer do tempo. Além disso, as dores não melhoram com o uso de analgésicos. Portanto, é necessário buscar atendimento médico de emergência.
Sinais de alerta
Sangramentos podem acontecer durante a gestação e não necessariamente representam riscos à integridade do bebê ou da mãe. Contudo, um médico obstetra deve avaliar toda e qualquer presença de sangue durante essa fase. Assim, o sangramento pode ser multifatorial, o que exige uma análise minuciosa da equipe médica e eventuais exames médicos para confirmar a vitalidade e segurança do bebê.
Por fim, com o passar do tempo, o sangramento gestacional se torna cada vez mais perigoso. Portanto, a presença de sangue também pode indicar condições como descolamento de placenta, placenta prévia, fragmentação do colo uterino, placenta baixa.
Assista ao vídeo de Fabiana Justus
Fonte: Luciana Delamuta, médica ginecologista e obstetra.
Referências: Colégio Brasileiro de Radiologia e diagnóstico por Imagem e Manual MSD – Versão Saúde à Família.
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